AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL RELATIVO AO ZINCO EM PACIENTES COM ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA.
Considerando sua funcionalidade, o zinco pode influenciar positivamente várias condições associadas à patogênese da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). O presente estudo teve como objetivo avaliar o estado nutricional relativo ao zinco em pacientes com ELA assistidos pelo Ambulatório de ELA do Hospital Universitário Onofre Lopes, localizado em Natal/RN, Brasil. Realizou-se avaliação nutricional de 20 pacientes com ELA, mediante antropometria, composição corporal e consumo alimentar de energia, macronutrientes, fibras e zinco. Ademais, verificou-se o estado corporal de zinco por meio das dosagens de zinco plasmático, eritrocitário e urinário. Observou-se idade média de 54,9±13,9 anos, índice de massa corporal (IMC) médio de 22,5±3,3kg/m2, com ocorrência de eutrofia em 73,7%. Constatou-se valores significativamente maiores de IMC, dobra cutânea do tríceps (DCT) e circunferência do braço (CB) no sexo feminino. Verificou-se que 50% dos pacientes apresentaram baixa musculatura pela área muscular do braço corrigida (AMBc) e 70% perda moderada de tecido muscular considerando a espessura do músculo adutor do polegar (MAP). Contrariamente, 72,2% deles apresentaram percentual de gordura corporal elevada pela bioimpedância. Em relação às análises do zinco, observou-se que 50%, 50% e 52,6% dos pacientes apresentaram zinco plasmático, eritrocitário e urinário, respectivamente, abaixo dos valores de referência. Quanto ao consumo alimentar, observou-se um consumo médio de 1538,2 ± 477,9 Kcal, 69,3 ± 17,3 g de proteína, 47,7 ± 7,4 g de gordura, 211,4 ± 28,0 g de carboidrato, 15,6 ± 8,0 g de fibras e 9,3 ± 3,9 mg de zinco. Em análise individual, verificou-se que a maioria dos pacientes apresentou um consumo de energia, macronutrientes e fibras abaixo do recomendado. Além disso, a prevalência de inadequação para o zinco foi de 49,2% para os homens e 23,9% para as mulheres.
Avaliação Nutricional; Zinco; Esclerose Lateral Amiotrófica.