Banca de DEFESA: GRAZIELLE LOUISE RIBEIRO DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GRAZIELLE LOUISE RIBEIRO DE OLIVEIRA
DATA : 24/03/2020
HORA: 08:00
LOCAL: Sala de aula A do Departamento de Nutrição
TÍTULO:

Avaliação do potencial e estabilidade antioxidante de extrato rico em carotenoides do melão Cantaloupe nanoencapsulado visando aplicação em alimentos


PALAVRAS-CHAVES:

β-caroteno. Nanoencapsulação. Atividade antioxidante.


PÁGINAS: 60
RESUMO:

A nanoencapsulação apresenta-se como uma alternativa para promover o aumento da solubilidade, estabilidade, potencializar e preservar a ação antioxidante dos carotenoides. Com base nisso, o presente estudo teve como objetivo avaliar o potencial e estabilidade antioxidante do extrato rico em carotenoides do melão Cantaloupe nanoencapsulado em gelatina, visando à aplicação em alimentos. A nanoformulação (EGS) foi obtida por emulsificação óleo em água (O/A), utilizando extrato bruto rico em carotenoides (EB), gelatina suína (agente encapsulante) e Tween 20 (tensoativo). As partículas obtidas foram caracterizadas por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Difração a laser e Espectroscopia de Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR), além da determinação da eficiência de incorporação. Os seguintes grupos foram avaliados quanto à atividade antioxidante realizada por meio dos testes antioxidantes utilizando 2,2-difenil-2-picrilidrazilo (DPPH•) e ácido 2,2´-azino-bis-(3-etilbenzoatiazolina)-6-sulfônico (ABTS•): (1) EB (0,05 mg/mL); (2) β-caroteno padrão comercial (0,009 mg/mL); (3) nanopartículas sem EB (4,00 mg/mL); (4) EGS (4,05 mg/mL) e; (4) EB extraído das nanopartículas (0,05 mg/mL). Todos os grupos foram avaliados quanto à retenção do β-caroteno por UHPLC, e estabilidade da atividade antioxidante por ABTS, sendo submetidos a condições de armazenamento de alimentos à temperatura ambiente e de refrigeração (25 °C e 5 °C, respectivamente) com e sem presença de luz (1400 lux), por 45 dias. Os resultados da caracterização demonstraram a presença de partículas esféricas com superfície lisa e diâmetro médio em escala nanométrica [90,9 (7.20) nm e 0,56 (0,08)]. O FTIR mostrou interações químicas entre o extrato bruto e a gelatina suína, confirmando o encapsulamento. Foram obtidos os seguintes resultados para inibição da oxidação (%) por ABTS e DPPH, respectivamente, para os grupos avaliados: 1) EB: 22,24 (1,93)% e 18,76 (0,95)%; (2) β-caroteno padrão: 10,70 (1,55)% e 30,57 (0,54)%; (3) nanopartículas sem EB: 0,0 (0,0)% e 0,0 (0,0)%; (4) EGS: 0,0 (0,0)% e 0,0 (0,0)%; (4) EB extraído das nanopartículas: 34,95 (3,04)% e 29,96 (0,25)%. Portanto, a nanoencapsulação promoveu uma potencialização na faixa de 57-59% na atividade antioxidante do extrato bruto. O estudo de estabilidade mostrou que após 45 dias de armazenamento, o EB apresentou uma baixa retenção de β-caroteno, na faixa de 0 a 43,6%, sendo os menores percentuais relacionados às condições de armazenamento a temperatura ambiente claro (0.00%) e escuro (11,7%) e, a maior retenção associada à condição de temperatura de refrigeração e escuro (43,6%). Com isso, observou-se que essa baixa estabilidade dos carotenoides, consequentemente, gerou impacto negativo na atividade antioxidante, que foi completamente perdida nas condições de temperatura ambiente claro e escuro (0,0%), mantendo somente 5,9 – 13,2% da atividade nas condições de armazenamento sob refrigeração no claro e escuro, respectivamente. Para o extrato bruto nanoencapsulado, extraído de EGS, ao final de 45 dias, observou-se retenção de 100% de β-caroteno nas condições de escuro à temperatura ambiente e sob refrigeração (p > 0,05). Para as condições de exposição à luz, à temperatura ambiente houve perda total do conteúdo de β-caroteno (0,0%) e, sob refrigeração retenção de 86%. Portanto, observa-se que a nanoencapsulação promoveu aumento da estabilidade do carotenoide sob refrigeração e à temperatura ambiente na ausência de luz. Além disso, nota-se o excelente resultado obtido sob refrigeração em presença de luz, mostrando a potencialização da estabilidade do β-caroteno, pois nesta condição o extrato bruto não encapsulado só apresentou retenção de 18,5% do carotenoide. Em relação à atividade antioxidante, verificou-se preservação na faixa de 70 – 50% após 45 dias, sendo os maiores percentuais também associados às condições de armazenamento no escuro a temperatura ambiente e sob refrigeração. Portanto, o estudo demonstrou que por meio da Nanotecnologia foi possível potencializar e promover o aumento da estabilidade dos carotenoides de melão Cantaloupe e, consequentemente, a preservação da atividade biológica diretamente associada a diversos benefícios à saúde humana. Desta forma, aumentando o potencial de aplicação de corantes naturais com potencial bioativo, diante da preservação da atividade antioxidante, em alimentos industrializados com destaque para os armazenados sob refrigeração com ou sem exposição à luz e, à temperatura ambiente em embalagens que sirvam de barreira à passagem de luz.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2578619 - ANA HELONEIDA DE ARAUJO MORAIS
Interno - 3652554 - FRANCISCO CANINDE DE SOUSA JUNIOR
Externa ao Programa - 2275877 - THAIS SOUZA PASSOS
Externa à Instituição - ISABEL RODRIGUEZ AMADO
Notícia cadastrada em: 23/03/2020 11:22
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