Avaliação do potencial e estabilidade antioxidante de extrato rico em carotenoides do melão Cantaloupe nanoencapsulado visando aplicação em alimentos
β-caroteno. Nanoencapsulação. Atividade antioxidante.
A nanoencapsulação apresenta-se como uma alternativa para promover o aumento da solubilidade, estabilidade e preservar e/ou potencializar a ação antioxidante dos carotenoides. Com base nisso, o presente estudo teve como objetivo avaliar o potencial e estabilidade antioxidante do extrato rico em carotenoides do melão Cantaloupe nanoencapsulado em gelatina, visando à aplicação em alimentos. A nanoformulação foi obtida por emulsificação óleo em água (O/A), utilizando extrato bruto rico em carotenoides (EB), gelatina suína (agente encapsulante) e Tween 20 (tensoativo). As partículas obtidas (EGS) foram caracterizadas por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Difração a laser e Espectroscopia de Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR). Os seguintes grupos foram avaliados quanto à atividade antioxidante realizada por meio dos testes antioxidantes utilizando 2,2-difenil-2-picrilidrazilo (DPPH•) e ácido 2,2´-azino-bis-(3-etilbenzoatiazolina)-6-sulfônico (ABTS•): (1) EB (0,05 mg/mL); (2) β-caroteno padrão comercial (0,009 mg/mL); (3) nanopartículas sem EB (4,00 mg/mL); (4) EGS (4,05 mg/mL) e; (4) EB extraído das nanopartículas (0,05 mg/mL). Todos os grupos serão avaliados quanto à estabilidade da atividade antioxidante (DPPH e ABTS) e perfil cromatográfico, sendo submetidos a condições de armazenamento de alimentos à temperatura ambiente, de refrigeração e congelamento (25 °C, 5 °C e -18 °C, respectivamente) com e sem presença de luz (1400 lux), por 30 dias. Os resultados da caracterização demonstraram o tamanho médio de partícula e o índice de polidispersão obtidos para EGS com a presença de material homogêneo em escala nanométrica [90,9 (7.20) nm e 0,56 (0,08)]. O FTIR mostrou interações químicas entre o extrato bruto e a gelatina suína, confirmando o encapsulamento. Foram obtidos os seguintes resultados para inibição da oxidação (%) por ABTS e DPPH, respectivamente, para os grupos avaliados: 1) EB: 22,24 (1,93)% e 18,76 (0,95)%; (2) β-caroteno padrão: 10,70 (1,55)% e 30,57 (0,54)%; (3) nanopartículas sem EB: 0,0 (0,0)% e 0,0 (0,0)%; (4) EGS: 0,0 (0,0)% e 0,0 (0,0)%; (4) EB extraído das nanopartículas: 34,95 (3,04)% e 29,96 (0,25)%. Portanto, a nanoencapsulação promoveu um aumento na faixa de 57-59% na atividade antioxidante do extrato bruto, demonstrando o aumento do potencial de aplicação de carotenoides em matrizes alimentares.