Banca de QUALIFICAÇÃO: FERNANDA LAMBERT DE ANDRADE

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FERNANDA LAMBERT DE ANDRADE
DATA : 27/05/2019
HORA: 13:00
LOCAL: sala de aula 07 do Departamento de Nutrição
TÍTULO:

STATUS DE ZINCO E COBRE E FATORES ASSOCIADOS EM INDIVÍDUOS COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

PALAVRAS-CHAVES:

insuficiência cardíaca; zinco; cobre; estado nutricional; biomarcadores.

PÁGINAS: 65
RESUMO:

A insuficiência cardíaca (IC) é uma condição clínica complexa cujos mecanismos fisiopatológicos resultam em inflamação e estresse oxidativo persistente. O desequilíbrio na homeostase dos micronutrientes zinco e cobre tem sido um achado frequente em indivíduos com IC. Objetivou-se avaliar os biomarcadores do status de zinco e cobre e as associações com parâmetros biodemográficos, clínicos, nutricionais e inflamatórios em indivíduos com IC. Trata-se de um estudo do tipo transversal desenvolvido com 80 indivíduos adultos e idosos diagnosticados com IC, agrupados segundo a etiologia da IC em IC isquêmica (n=36) e não isquêmica (n=44). Foram avaliados dados biodemográficos, clínicos, antropométricos, bioquímicos e dietéticos. Analisou-se os biomarcadores do status de zinco (zinco no plasma, zinco na urina e zinco dietético) e cobre (cobre no plasma, ceruloplasmina e cobre dietético). As concentrações de zinco e cobre no plasma e zinco na urina foram determinadas pelo método de espectrometria de massa com plasma indutivamente acoplado (ICP-MS). Foram utilizados os testes t de Student, Mann–Whitney, teste Qui-quadrado ou teste exato de Fisher para a comparação entre os grupos, quando apropriado. Utilizou-se o teste de Correlação de Spearman para avaliação das associações entre as variáveis quantitativas. Os resultados indicaram diferenças entre os grupos para as variáveis: idade, diagnóstico de hipertensão arterial e diabetes mellitus, uso de antiagregante plaquetário e hipolipemiante, assim como para as concentrações de LDL-c (todos p<0,05). A ingestão dietética de zinco foi menor no grupo com IC isquêmica quando comparado ao com IC não isquêmica (p=0,019), enquanto que o cobre dietético foi maior nos indivíduos com IC isquêmica em relação ao com IC não isquêmica (p=0,017). Observou-se medianas de zinco e cobre no plasma e ceruloplasmina dentro dos valores de referência nos indivíduos com IC isquêmica [zinco no plasma: 83,5 (76,0 – 91,8) μg/dL; cobre no plasma: 109,3 (87,4 – 130,4) μg/dL; ceruloplasmina: 24,6 (21,6 – 28,0) mg/dL] e não isquêmica [zinco no plasma: 81,2 (72,1 – 92,6) μg/dL; cobre no plasma: 104,5 (93,2 – 135,9) μg/dL; ceruloplasmina: 26,1 (22,3 – 31,7) mg/dL], sem diferenças entre os grupos (todos p≥0,05). Não foram identificadas diferenças nas concentrações de zinco na urina entre os grupos com IC isquêmica e não isquêmica [371,5 (198,4 – 549,6) μg/24h vs 359,9 (260,5 – 518,2) μg/24h], bem como para os valores da razão cobre/zinco [1,25 (1,11 – 1,56) vs 1,36 (1,06 – 1,67)] (ambos p≥0,05). As concentrações de cobre no plasma e razão
cobre/zinco foram significantemente correlacionadas com variáveis de avaliação da função renal, parâmetros hematológicos e inflamatórios. Identificou-se correlação negativa entre o zinco no plasma e idade e correlação positiva com albumina, enquanto que o zinco na urina também se correlacionou positivamente com as concentrações de hemoglobina glicada e ureia (todos p<0,05). Os resultados sugerem que não existem alterações expressivas no status de zinco e cobre, independentemente da etiologia da IC. Parâmetros de avaliação da função renal, hematológicos e inflamatórios parecem ser correlacionados com os biomarcadores do status de zinco e cobre em indivíduos com IC.

MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2087759 - ANDRE DUCATI LUCHESSI
Presidente - 2306763 - KARINE CAVALCANTI MAURICIO DE SENA EVANGELISTA
Externa ao Programa - 2315640 - MARCIA MARILIA GOMES DANTAS LOPES