Avaliação dos efeitos do extrato Allium cepa L e S-metilcisteina em ratos diabéticos induzidos por estreptozotocina.
Diabetes mellitus; Allium cepa L.; S-metilcisteína; Citocinas; Atividade antioxidante.
O Allium cepa L. e a S-metilcisteína tem sido investigado devido aos efeitos positivos no Diabetes mellitus atribuídos as funções antioxidante e anti-inflamatória. O objetivo do estudo foi avaliar as propriedades antioxidantes e na modulação da resposta inflamatória do Allium cepa L. e S-metilcisteína em ratos com diabetes experimental. Foram utilizados 35 ratos Wistar com Diabetes mellitus induzido por estreptozotocina (50mg/kg i.p.). Os grupos foram divididos em: CT: animais não diabéticos; DM: animais com diabetes experimental não tratados; DMAC: animais com diabetes experimental tratados com Allium cepa L.; DMSM: animais com diabetes experimental tratados com S-metilcisteína. O extrato de Allium cepa L. (400mg/kg peso) e S-metilcisteína (200mg/kg peso) foram administrados diariamente por 30 dias. As variáveis analisadas incluíram peso, polidipsia e polifagia; parâmetros metabólicos, morfologia e morfometria pancreática e hepática; atividade antioxidante e marcadores da resposta inflamatória. Os resultados foram expressos como Média (Erro Padrão). Entre os grupos tratados foram observadas diferenças somente para as variáveis triglicerídeos (TGL) e VLDL, p<0,05. Os grupos DMAC e DMSM apresentaram os menores valores de TG: 97,5 (20,0) mg/dL e 79,2 (19,1) mg/dL, p<00,5, respectivamente; e VLDL 12,3 (4,0) mg/dL e 15,8 (3,6) mg/dL, p<0,05, respectivamente, quando comparados com o grupo DM 170,0 (20,0) e 32,4 (5,4) mg/dL. Os valores médios de glicemia de jejum foram menores (524,5 (9,3) mg/dL, p<0,05) no grupo DMSM, comparado com DB (700,4 (13,9) mg/dL). Dentre as citocinas analisadas IL-1, IL6, IL-10, TNF α, observou-se aumento da concentração de IL-10 (1.004,3 (169,3) pg/ml, p<0.05) apenas do grupo DMSM, quando comparado ao grupo DM (393,7 (21,2) pg/ml. Na análise morfológica houve uma modificação na deposição de glicogênio hepático nos grupos DMAC (3,9%, p<0.01) e DMSM (4,1%, p<0,01), quando comparado ao grupo DM (10%). Os grupos DMAC e DMSM recuperaram a atrofia das ilhotas pancreáticas observadas no grupo DM. A atividade da superóxido dismutase foi elevada nos grupos DMAC (327,3 (56,4) U.A/min/mg prot, p<0,05) e DMSM (409,9 (77,8) U.A/min/mg prot, p<0,01), em relação ao grupo DM (109,2 (24,5) U.A/min/mg prot. O mesmo foi observado com a catalase, que foi elevada nos grupos DMAC e DMSM (4.957,8 (777,9) nmol/min/mg prot, p<0,01 e 5.111,4 (681,4) nmol/min/mg prot p<0,01, respectivamente), quando comparado ao grupo DM (2.117,4 (326,9) nmol/min/mg proteína. O tratamento com extrato Allium cepa L. demonstrou ter efeitos positivos na morfologia tecidual, no perfil lipídico e na atividade antioxidante. O tratamento com a S-metilcisteína foi mais efetivo na regulação da glicemia e modulação da resposta inflamatória. Esses resultados sugerem que os compostos apresentam funcionalidades benéficas no tratamento do diabetes mellitus.