Banca de DEFESA: RAPHAELA CECILIA THE MAIA DE ARRUDA FALCAO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : RAPHAELA CECILIA THE MAIA DE ARRUDA FALCAO
DATA : 30/11/2017
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de aula 07 do Departamento de Nutrição - DNUT/UFRN
TÍTULO:

Consumo de alimentos processados e ultraprocessados em adolescentes: associações com a prevalência de inadequação de nutrientes e os fatores de risco cardiometabólicos. 


PALAVRAS-CHAVES:

Adolescente, alimentos industrializados, consumo de alimentos, micronutrientes, fatores de risco.


PÁGINAS: 92
RESUMO:

Os hábitos alimentares na adolescência são caracterizados pelo elevado consumo de alimentos processados e ultraprocessados, e podem ter como consequência a deficiência de micronutrientes e a ocorrência precoce de doenças crônicas não-transmissíveis. Este estudo teve como objetivo avaliar o consumo de alimentos processados e ultraprocessados e as relações com a prevalência da inadequação de nutrientes e os fatores de risco cardiometabólicos em adolescentes. Foi realizado estudo transversal com 444 adolescentes de escolas públicas no município de Natal, Nordeste do Brasil. Investigou-se as variáveis história familiar de fatores de risco para doença cardiovascular, escolaridade materna, estado nutricional antropométrico, maturação sexual, pressão arterial e perfil lipídico. Os dados de consumo alimentar e dietético foram obtidos por dois recordatórios de 24 horas. Os alimentos consumidos foram classificados quanto ao tipo de processamento em processados e ultraprocessados. Estimou-se a prevalência de inadequação de micronutrientes utilizando a Estimated Average Requirement - EAR como ponto de corte, exceto para o ferro em que foi utilizado o método da abordagem probabilística manualmente determinada. Para estimar a relação entre o percentual de energia de alimentos processados e ultraprocessados com a prevalência da inadequação de micronutrientes e fatores de risco cardiometabólicos foi realizada a regressão logística ordinal. Observou-se que 91,9% de adolescentes estavam na faixa etária entre 10 e 13 anos. O consumo de alimentos processados foi de 10,4 (1,2)% do total de energia no P25-P50, assim como o consumo de alimentos ultraprocessados foi de 31,5 (2,2)% do total de energia também no P25-P50. Os grupos alimentares mais consumidos foram “pão francês” (7,7% do total de energia) e “carnes processadas” (4,8% do total de energia), para os processados e “bolos, tortas e biscoitos” (13,3% do total de energia) e “pães fatiados” (5% do total de energia), para os ultraprocessados. Registrou-se elevadas prevalências de inadequação de consumo das vitaminas D, folato, vitamina E, cálcio e selênio, em ambos os sexos, nas faixas etárias de 10 a 13 anos e de 14 a 19 anos. O maior consumo de alimentos processados foi positivamente associado com o aumento na prevalência de inadequação de vitamina B1 (p=0,04; RP 0,55) e selênio (p<0,01; RP=1,97). Maiores proporções de energia oriundas de alimentos ultraprocessados foram associadas a inadequação de vitamina B1 (p=0,03; RP=0,49) e de zinco (p<0,01; RP=0,49). O maior consumo de processados foi associado a hipercolesterolemia (p= 0,04; RP= 3,08) e a hipertrigliceridemia (p= 0,02; RP= 3,79), assim como os adolescentes que as mães possuíam escolaridade de nível fundamental (p< 0,01; RP= 1,72). O consumo excessivo de alimentos processados e ultraprocessados por adolescentes pode refletir no aumento da prevalência de inadequação de nutrientes, principalmente vitamina B1, selênio e zinco, bem como associar-se a fatores de risco cardiometabólicos, implicando em prejuízos nas condições de saúde a curto e longo prazo.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2646462 - BRUNA LEAL LIMA MACIEL
Externo à Instituição - FLÁVIA EMÍLIA LEITE DE LIMA FERREIRA - UFPB
Presidente - 2306763 - KARINE CAVALCANTI MAURICIO DE SENA EVANGELISTA
Notícia cadastrada em: 14/11/2017 09:43
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