O emprego do imalt como solução interpretativo composicional em 3 obras autorais para violão.
Composição musical. Imalt. Violão. Planejamento composicional.
O trabalho de expressão empreendido pelo intérprete recai, em grande parte, sobre a mão direita do violonista. Conscientes deste fato, mestres do presente e do passado têm deixado suas contribuições para o desenvolvimento da técnica de mão direita. Percebe-se, com exceções, que as propostas pedagógicas e interpretativas, até o momento, têm abordado o ataque às cordas a partir do movimento de flexão dos dedos. Apresenta-se, entretanto, um recurso técnico denominado imalt, que inclui na ação de ataque, o movimento de extensão. Algumas técnicas empregadas em circunstâncias específicas, como o dedillo, a alzapúa, o trêmulo e o rasgueado também utilizam movimentos de extensão no ataque. Elas são postas em perspectiva, junto ao imalt, proporcionando uma visão panorâmica de suas características individuais. O emprego do imalt no repertório tradicional do violão é exemplificado em Villa-Lobos, Ponce e Brower. Três peças autorais foram compostas para esse trabalho: Shravana, Alegoria e Vandana. Técnicas composicionais como a aplicação de contorno melódico e ostinato, foram revisadas e empregadas na elaboração destas composições. Um registro detalhado da trajetória composicional é apresentado. Para tanto, empregou-se o viés analítico do Modelo de acompanhamento do processo Composicional (SILVA 2007). Alguns eventos que têm deixado o imalt em evidência são comunicados, como o lançamento e distribuição do CD Imalt, publicação de partituras e entrevistas. Finalmente são apresentados comentários conclusivos, apontando perspectivas abertas pelo trabalho.