Banca de QUALIFICAÇÃO: José Flávio Vidal Coutinho

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : José Flávio Vidal Coutinho
DATA : 05/10/2021
HORA: 08:00
LOCAL: DEFESA REMOTA - https://meet.google.com/wuv-jvrt-pcu
TÍTULO:

IMPACTO DO USO DE COLEIRAS IMPREGNADAS COM DELTAMETRINA NA DINÂMICA ESPACIAL DA TRANSMISSÃO DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA E NA REDUÇÃO DA POPULAÇÃO DE LUTZOMYIA LONGIPALPIS.

PALAVRAS-CHAVES:

Leishmaniose visceral canina, Leishmania infantum, coleiras impregnadas com deltametrina, Lutzomyia longipalpis, dinâmica espacial

PÁGINAS: 52
RESUMO:

Nos últimos 40 anos tem sido observada uma ampliação das áreas de ocorrência leishmaniose visceral humana e canina (LV) no Brasil e em outros países da América do Sul, e novas áreas endêmicas de LV geralmente relatam inicialmente surtos de doenças caninas antecedendo a doença humana. Neste trabalho, um estudo prospectivo não randomizado, com seguimento de 30 meses, foi realizado em Natal, nordeste do Brasil, com o objetivo de avaliar a efetividae das coleiras impregnados com deltametrina a 4% na redução da incidência de infecção por Leishmania infantum em cães. A vigilância sorológica para infecção por L. infantum foi realizada a cada 12 meses e foram realizadas duas substituições de coleira. Foi determinada a dinâmica espacial da infecção canina por L. infantum e a flutuação do vetor na área de intervenção (uso de coleira) e na área controle (sem uso de coleira). Um total de 1249 e 1540 cães foram recrutados no início do estudo (t0), respectivamente, nas áreas de intervenção e controle, com taxa de infecção sérica canina por L. infantum de 9,6% e 19,8%. A transmissão de L. infantum na área de intervenção após 12 meses permaneceu estável (Diff = -0,987; p = 0,931), no entanto, aumentou para 16,5% (Diff = -5,293; p = 0,024) após 15 meses após a última substituição das colareiras. Entre os cães acompanhados por todo o período do estudo, houve uma redução significativa na incidência de infecção por L. infantum na área de intervenção após 1 ano (5,6% e 10,7%, p = 0,0156). A perda total de acompanhamento canino foi de 77,8% na área de intervenção e 83,3% na área de controle. Nos domicílios da área de intervenção, houve uma diminuição no número médio de Lutzomya. Longipalpis nas casas com cães encoleirados quando comparadas aos domicílios sem cães (β1 = -2,5895; p = 0,0171). Baixa cobertura populacional canina, alta taxa de perda de seguimento e / ou coleiras, elevada substituição de cães infectados recolhidos por cães susceptíveis são os principais fatores limitantes da efetividade das coleiras impregnadas a nível comunitário.

MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - 1549705 - ADRIANA FERREIRA UCHOA
Externa ao Programa - 1714243 - DANIELLA REGINA ARANTES MARTINS SALHA
Externa ao Programa - 3454276 - DENIZE ARAUJO BARBOSA
Presidente - 350647 - SELMA MARIA BEZERRA JERONIMO