ENTRE A CASA E A RUA: O COTIDIANO DE MIGRANTES UNIVERSITÁRIOS EM TEMPOS PANDÊMICOS
Migração Universitária; Cidade; Cotidiano; Covid-19; Território;
Esse trabalho é fruto de minha desterritorialização, reterritorialização e territorialização como pessoa migrante. Minha implicação nasce na minha primeira migração, a primeira de mais duas que vieram a seguir, e desemboca no desejo de pesquisar sobre o efêmero cotidiano citadino, tomando como público-alvo migrantes universitários que, assim como eu, vieram para Natal/RN. Considerando a migração enquanto processo que redefine as relações de territorialidade da pessoa com o lugar em que ela habita, compondo um novo território material e existencial, esta pesquisa almeja conhecer o impacto da pandemia da COVID-19 no cotidiano desses migrantes universitários, tendo como objetivos específicos: retratar o cotidiano de migrantes universitários, em casa e na rua; e conhecer quais formas de enfrentamento estão sendo utilizadas por esses sujeitos para lidar com a pandemia cotidianamente. Para isso, os métodos escolhidos foram a cartografia e a etnografia virtual. As experiências dos/das coprodutores/as da pesquisa são apresentadas por meio de fotografias registradas por eles e elas e por narrativas coproduzidas, integrando a fotoescrevivência como metodologia. Para tanto, alguns percursos de análise foram seguidos, são eles: Migração; Relação com a cidade de Natal; e Relação com a Universidade; tendo como tema transversal a pandemia do novo COVID-19. Como resultados, percebeu-se que a desterritorialização e a reterritorialização são categorias irreparáveis para compreender a mobilidade espacial e existencial das pessoas. O tracejar de linhas moleculares e de fuga foram essenciais para que esses migrantes conseguissem se reterritorializar e, sobretudo, para resistir a tempos pandêmicos e de crises.