ASSOCIAÇÃO DE DIFERENTES VOLUMES DE ATIVIDADE FÍSICA MODERADA A VIGOROSA MEDIDA COM ACELERÔMETRO E APTIDÃO FUNCIONAL EM PESSOAS IDOSAS RESIDENTES NA COMUNIDADE
Palavras-chave: envelhecimento; atividade física; exercício; aptidão cardiorrespiratória; força muscular.
Objetivo: Examinar a associação de diferentes volumes de atividade física moderada a vigorosa (AFMV) medida objetivamente com a aptidão funcional em pessoas idosas. Métodos: Estudo transversal envolvendo 242 pessoas idosas residentes na comunidade (71,9 % mulheres, idade: 66 ± 5 anos). A AFMV foi medida por acelerômetro durante sete dias consecutivos. Os participantes foram classificados com base nas recomendações de AFMV (³150 min/sem): “inativo” (<33%: <50 min/sem), “pouco ativo” (33-66%: 50-99 min/sem), “moderadamente ativo” (67-99%: 100-149 min/sem) e “ativo” (100%: 150-300 min/sem). A aptidão funcional foi avaliada usando a bateria de testes funcionais para pessoas idosas, incluindo: teste de caminhada de seis minutos (TC6M), levantar e caminhar (TUG), sentar e levantar em 30 segundos (TSL30s), flexão de cotovelo em 30 segundos (TFC30s), sentar e alcançar (TSA) e alcançar as costas (TAC). Um escore composto de aptidão funcional foi calculado baseado em escore z. Modelos lineares generalizados foram utilizados para analisar as diferenças entre os grupos, considerando o grupo “inativo” como referência. Resultados: Os grupos “moderadamente ativo” e “ativo” apresentaram melhor desempenho no TC6M (β= 24,9 m; β= 42,9 m; respectivamente), TUG (β= -0,6 s; β= -0,4 s; respectivamente), TSL30s (β= 1,7 rep; β= 1,1 rep; respectivamente), TFC30s (β= 0,8 rep; β= 1 rep; respectivamente), TSA (β= 3,1 cm; β= 4 cm; respectivamente), TAC (β= 1,3 cm; β= 1,7 cm; respectivamente) e no escore geral de aptidão funcional (β= 2,2; β= 2,2; respectivamente) comparado ao grupo referência (p<0,05). Conclusão: Maior volume de AFMV está associado com melhor desempenho em mais componentes da aptidão funcional em pessoas idosas. Entretanto, volumes >50 min/sem já estão associados com melhor desempenho em componentes de aptidão funcional dos membros inferiores. Nossos achados reforçam a mensagem das diretrizes da Organização Mundial da Saúde de 2020 de que “cada movimento conta para uma saúde melhor, e quanto mais, melhor”.