RELAÇÃO ENTRE OS DOMÍNIOS DA MOTIVAÇÃO E NÍVEIS DE ATIVIDADE FÍSICA ESPONTÂNEA E COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO: UM ESTUDO TRANSVERSAL
Motivação. Prazer. Atividade física.
INTRODUÇÃO: Evidências atuais sugerem que a atividade física e comportamento sedentário podem ser influenciados por diferentes domínios de motivações, assim, compreender os tipos de motivações que intervém nesses comportamentos é crucial. OBJETIVO: Baseado na teoria da autodeterminação, o objetivo do estudo foi verificar as associações entre os domínios da motivação com níveis de atividade física espontânea e comportamento sedentário aferidos por acelerometria. MÉTODOS: Estudo transversal realizado com cento e sessenta e quatro participantes (58,5% mulheres; idade: mediana = 31,50, percentis 25–75 = 26,25–40,0 anos; IMC: mediana = 25,35, percentis 25–75 = 22,65–29,07 kg/m²). Os níveis de atividade física e comportamento sedentário foram aferidos por acelerometria. Os domínios da motivação (amotivação, intrínseca, externa, introjetada, identificada e índice de autodeterminação) foram verificados pelo questionário BREQ-2. RESULTADOS: A motivação intrínseca se associou positivamente com AFM (β = 1,84, p = 0,036) e AFMV (β = 2,20, p = 0,034). A motivação introjetada se associou positivamente com AFMV (β = 2,32, p = 0,034) e a amotivação se associou negativamente com o comportamento sedentário (β = -0,42, p = 0,006). CONCLUSÃO: Adultos que tiveram uma maior motivação intrínseca (interesse e prazer na atividade) demostraram ter maiores níveis de atividade física moderada e moderada/vigorosa. Portanto, a motivação intrínseca pode ser um fator que deve ser considerado em estratégias que visem o aumento da prática da atividade física em adultos.