DIFERENCIAIS DE RENDIMENTOS POR GÊNERO: UMA ANÁLISE DOS EFEITOS COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA SALARIAL NO BRASIL
(1976, 1987, 1996 e 2009)
Hiato de renda, Efeito Composição, Efeito Estrutura Salarial.
Nos últimos anos há uma maior participação da mulher no mercado de trabalho, mas, apesar da semelhança educacional ainda persiste um grande hiato de renda em relação aos homens. Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, IPEA (2011) mostra uma persistência do diferencial de rendimentos entre homens e mulheres com a mesma produtividade e igual nível de escolaridade. Este estudo tem como objetivo analisar os diferenciais de rendimentos por gênero no Brasil no período de 1976, 1987, 1996 e 2009. Especificamente, há dois objetivos. No primeiro, procura-se analisar a importância dos efeitos da composição e da estrutura salarial no mercado de trabalho. Para alcançá-lo serão utilizadas, na metodologia, as informações dos microdados da Pesquisa por Amostra de Domicílio (PNAD) dos respectivos anos. O índice de distribuição de renda Theil-T, que realiza a decomposição da desigualdade de rendimentos por fatores intragênero e intergênero. A decomposição do rendimento médio proposto por Oaxaca (1973) e Blinder (1973), que divide o hiato de renda nos efeitos da composição (características) e no efeito da estrutura salarial (retornos a estas características), e, ainda será utilizado o método de decomposição da desigualdade de rendimentos por quantis proposto por Firpo, Fortin e Lemieux (2007). No segundo objetivo específico, procura-se verificar que variáveis socioeconômicas explicam os efeitos da composição e da estrutura salarial no mercado de trabalho. Para alcançar esse objetivo será aplicado, na decomposição dos rendimentos por quantis, o método de regressão RIF (Recentered Influence Function) de Firpo, Fortin e Lemieux (2007).