CULICÍDEOS VETORES EM UMA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO DA CAATINGA POTIGUAR - RISCO DE EMERGÊNCIA DE ANTIGAS DOENÇAS?
Caatinga – Culicídeos – Fatores Climáticos – Saúde Pública
A escassez de registro de ocorrência de espécies de culicídeos vetores de doenças, aliada à informações sobre as interações destes com o ambiente silvestre contribui para tornar a caatinga um dos biomas mais desconhecidos do Brasil. Este estudo teve como objetivo identificar espécies de culicídeos em uma unidade de conservação da Caatinga do Rio Grande do Norte, e analisar aspectos da bioecologia das espécies de importância médica, consequentemente avaliando o risco de emergência de doenças causadas por protozoários e vírus, transmitidas por mosquitos. Os insetos foram capturados com capturador de sucção em atrativo humano e armadilha Shannon. As coletas foram realizadas de 10h-12h, 14h-16h e 18h-20h ao longo de um ano. A correlação da distribuição de espécies de Anopheles, Aedeomyia, Aedes, Coquillettidia, Culex, Haemagogus, Mansonia e Psorophora ao longo do ano e os fatores climáticos indica a sazonalidade de algumas espécies vetoras na área de estudo. A. aegypti foi capturado a poucos metros de residências. Anopheles albitarsis não ocorreu em meses mais quentes e secos, apresentando picos de ocorrência no período chuvoso. Haemagogus sp. ocorreu somente em período chuvoso, principalmente em horários vespertinos.