Interfaces entre resiliência e qualidade de vida de mulheres rurais: estudo de métodos mistos
Mulheres; População rural; Resiliência psicológica; Qualidade de vida; Saúde da população rural.
Historicamente, o cenário rural brasileiro é cercado por desigualdades sociais que influenciam as trajetórias de vida dos sujeitos. As mulheres rurais sofrem com essas desigualdades devido sua condição de classe e de gênero, havendo a necessidade de considerar-se os processos que levam essas mulheres a resistirem às adversidades diárias, assim como destacar sua qualidade de vida. O objetivo deste estudo é analisar a influência e associação entre resiliência e qualidade de vida em mulheres rurais. Tratar-se-á de um estudo de métodos mistos do tipo paralelo convergente de natureza descritivo-exploratória. A amostra do estudo será constituída por 268 mulheres rurais residentes no município de Nazarezinho, Alto Sertão da Paraíba, lócus da pesquisa. Os dados serão coletados mediante a aplicação de formulário sociodemográfico, da Escala de Resiliência, validada para o português e desenvolvida por Wagnild e Young (1993) e do Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36). Realizar-se-á, paralelamente, entrevistas semiestruturadas gravadas até a saturação teórica das ideias das participantes. A análise dos dados quantitativos será realizada mediante estatística descritiva e inferencial pelo software SPSS versão 20.0®, conforme aderência ou não das variáveis à curva de normalidade. Os dados obtidos nas entrevistas serão transcritos e seu tratamento dar-se-á através da técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Após a análise paralela, os dados quantitativos e qualitativos serão mixados segundo referencial de Creswell e Plano Clark (2013), para verificar possíveis convergências ou divergências, sendo posteriormente interpretados à luz da literatura pertinente. Ressalta-se que serão obedecidos todos os critérios dispostos na Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Espera-se que esse estudo contribua para subsidiar futuras intervenções e políticas públicas que possibilitem elevar a qualidade de vida, diminuir as desigualdades existentes no cotidiano das mulheres rurais e elevar seus processos de resiliência, contribuindo para a promoção da sua saúde.