VALIDAÇÃO DA ESCALA DO NÍVEL DE ADAPTAÇÃO DO ESTOMIZADO (ENAE) À LUZ DO MODELO DE ROY
Estomia. Modelos de Enfermagem. Adaptação Psicológica. Estudos de Validação.
A pessoa estomizada é aquela submetida a uma cirurgia que resulta na confecção de um estoma. Os termos estomas, estomias, ostomas, ou ostomias provem da palavra de origem grega “stóma” que significa boca ou abertura de qualquer víscera oca com o exterior do corpo por meio de um ato cirúrgico, com finalidade de suprir a necessidade de eliminação ou alimentação. Portanto, ser estomizado pode trazer limitações às ideações de vida visto que as alterações físicas transcursam o campo fisiológico e atingem o campo psicossocial o que demanda do indivíduo uma adaptação frente à nova realidade. Desse modo o enfermeiro, ao prestar os cuidados a este grupo de pacientes, pode fundamentar-se em modelos teóricos que enfocam a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE). Diante disso, um exemplo de teoria de enfermagem que pode ser utilizado na assistência aos pacientes estomizados é o Modelo de Adaptação de Roy (MAR), o qual constitui a base para a compreensão do indivíduo como sistema capaz de se adaptar. Este estudo tem como objetivo geral buscar evidências de validade da Escala do Nível de Adaptação do Estomizado (ENAE). Trata-se de um estudo metodológico de validação da ENAE, que será desenvolvido em quatro etapas: a primeira refere-se ao polo teórico que foi constituído por duas rodadas de submissão do instrumento aos juízes, realização do teste piloto e correção léxica e gramatical; a segunda etapa trata do polo experimental que abrange o planejamento da aplicação do instrumento, aplicação e coleta de dados; a terceira refere-se ao polo analítico que está relacionado à realização das análises estatísticas a serem efetuadas; e por fim a quarta etapa onde será realizada a associação entre as características sociodemográficas e de saúde e as dimensões da ENAE. Como resultado parcial deste estudo, na primeira etapa 12 itens receberam sugestões de melhoria, 3 itens foram unificados por similaridade de abordagem e 1 item foi excluído. Após os ajustes realizados na primeira etapa, foi alcançada a concordância unânime dos juízes quanto à representatividade dos itens e a permanência nos modos. 32 itens compõem a versão final do instrumento. Espera-se que os resultados desta pesquisa possam contribuir para o aprimoramento da formação e prática profissional de enfermagem e assim promover a melhoria da adaptação da pessoa com estomia.