Banca de DEFESA: SAMARA ISABELA MAIA DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : SAMARA ISABELA MAIA DE OLIVEIRA
DATA : 15/12/2016
HORA: 09:00
LOCAL: Departamento de Enfermagem
TÍTULO:

Notificações de Sífilis em Gestante e Sífilis Congênita: uma análise epidemiológica


PALAVRAS-CHAVES:

Sífilis Congênita; Transmissão Vertical de Doença Infecciosa; Cuidado Pré-Natal; Vigilância em Saúde Pública.


PÁGINAS: 100
RESUMO:

A sífilis é uma doença infecciosa que permanece como um dos principais agravos de notificação a ser enfrentado em âmbito global. No contexto materno-infantil, relaciona-se a efeitos deletérios a partir da transmissão vertical e expõe o binômio mãe e filho a riscos como o aborto e a morte perinatal. Ações efetivas para o controle da doença devem ser realizadas no pré-natal, em momento oportuno, para garantir a prevenção da forma congênita da doença. Neste sentido, este estudo objetivou analisar a notificação de sífilis em gestante e sífilis congênita e os fatores relacionados à transmissão vertical. Trata-se de um estudo epidemiológico do tipo seccional, retrospectivo, documental de natureza descritiva e analítica, realizado no ano de 2016.  A população foi recrutada a partir dos critérios de elegibilidade e totalizou uma amostra de 129 notificações de sífilis em gestante e 132 notificações para sífilis congênita no período entre junho de 2011 a dezembro de 2015, no município de Natal/RN. Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva e inferencial. O teste Qui-quadrado, o teste T-student e Fisher foram utilizados para verificar as associações entre as variáveis de interesse. A pesquisa recebeu parecer favorável pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, sob o número 1.449.134, e Certificado de Apresentação para Apreciação Ética 53305315.3.0000.5537. No período investigado foi observado um incremento de casos notificados no ano de 2012. O perfil materno aponta para mulheres com idade média de 24,7 anos, pardas (75,8%), residentes da zona urbana (99,2%) do município de Natal. A análise de registros do pré-natal identificou predomínio do diagnóstico materno no terceiro trimestre gestacional (69%) e presença de testes não treponêmicos reagentes em (94,6%) das mulheres no momento do parto. No tocante ao tratamento materno, apenas (1,6%) destas foram registradas com esquema de tratamento adequado e (16,7%) dos parceiros foram tratados concomitantemente as gestantes. Nos desfechos às crianças, (78%) foram registradas como assintomáticas, contudo, essa variável apresentou significância estatística quando relacionada à titulação do teste não treponêmico materno e à realização de tratamento antes do parto. Na análise espacial por georreferenciamento foi identificado o predomínio de casos nos bairros Quintas e Felipe Camarão ambos pertencentes ao Distrito Sanitário Oeste do município investigado. Os resultados apontam, além disso, para lacunas importantes no preenchimento das notificações. Conclui-se que as perdas de oportunidade diagnóstica, bem como a inadequação do tratamento materno aliado à baixa adesão ao tratamento pelo parceiro foram fatores determinantes  à ocorrência da transmissão vertical da sífilis. A elaboração de estratégias para detecção precoce e adesão ao tratamento da doença devem ser adotadas, tendo em vista o fortalecimento da assistência e a quebra na cadeira da transmissão vertical da doença. Ressalta-se a necessidade de ampliação no fornecimento de informações à vigilância epidemiológica para continuidade da análise do agravo no contexto de saúde estudado.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1995800 - ERIKA SIMONE GALVAO PINTO
Externo à Instituição - JORIA VIANA GUERREIRO - UFPB
Interno - 1352508 - MARCOS ANTONIO FERREIRA JUNIOR
Presidente - 3168491 - NILBA LIMA DE SOUZA
Notícia cadastrada em: 02/12/2016 14:06
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