O PAPEL DA EXPRESSÃO DOS GENES PLA2G2A E HK2 E SEUS miRNAs REGULATÓRIOS NA FISIOPATOLOGIA DA CARDIOMIOPATIA DIABÉTICA
Diabetes mellitus. Cardiomiopatia diabética. H9c2. Modelo animal. Expressão gênica.
A cardiomiopatia diabética é uma complicação crônica do diabetes, associada ao aumento da mortalidade e morbidade dos indivíduos acometidos por essa doença. No entanto, as suas bases moleculares não estão totalmente elucidadas. Nesse contexto, o objetivo do presente estudo é avaliar o papel da expressão dos genes PLA2G2A e HK2 e seus miRNAs regulatórios, através de modelo in vitro de células H9c2 e in vivo usando modelo experimental de diabetes do tipo 1 induzido por estreptozotocina. As células H9c2, linhagem de mioblastos de Rattus norvegicus, foram mantidas em meio DMEM suplementado com 10% de SFB a 37ºC e 5% de CO2. As células foram plaqueadas em uma densidade de 1 x 10⁵ céls/mL, em triplicata, e incubadas por 24 horas e tratadas nas seguintes condições: meio normoglicêmico (NG, 5,5 mmol/L de glicose), meio controle osmolaridade (CO, 5,5 mmol/L de glicose e 19,5 mmol/L de solução de manose) e meio hiperglicêmico (HG, 25 mmol/L de glicose). A viabilidade celular foi avaliada através do ensaio de MTT e a expressão gênica através de RT-qPCR. Ratos Wistar tiveram o diabetes induzido através de injeção de streptozotocina (40 mg/kg, IV). Após um período de 30 dias, os animais controle (n=7) e os animais diabéticos (n=7) foram eutanasiados e o ventrículo esquerdo utilizado para a análise da expressão gênica através de RT-qPCR. Em concordância com estudo in silico realizado previamente por nosso grupo de estudo, a expressão do gene PLA2G2A foi aumentada cerca de 3 vezes no grupo HG do estudo in vitro (p = 0,043), bem como foi aumentada no grupo de ratos diabéticos quando comparado com seus respectivos controles (p = 0,004). Além disso, a expressão do gene HK2, a qual foi reduzida em nosso estudo in silico, apresentou uma tendência de diminuição no grupo HG do estudo in vitro (p ≥ 0,05) e, foi significativamente diminuída no grupo de ratos diabéticos (p = 0,010) quando comparado com seus respectivos controles. Os dados experimentais realizados neste trabalho, vem confirmar a abordagem utilizada no estudo prévio in silico, como também, ratificar o papel relevante dos genes analisados na fisiopatologia da cardiomiopatia diabética.