POTENCIAIS BIOMARCADORES DE DIAGNÓSTICO PRECOCE DA HEPATOTOXICIDADE INDUZIDA PELO CLOPIDOGREL BASEADOS NA TECNOLOGIA DE miRNA EXOSSOMAIS
Clopidogrel, Hepatotoxicidade, Biomarcadores, HepG2
A terapia antiplaquetária com clopidogrel é amplamente usada na prevenção da trombose e progressão da aterosclerose. Apesar de considerada segura, a hepatotoxicidade induzida pelo fármaco representa um potencial efeito adverso. Mediante a falta de diagnóstico precoce para a hepatoxicidade induzida por clopidogrel, novos miRNAs exossomais podem ser úteis para melhorar a segurança deste antiplaquetário. Portanto, os miR-26a-5p, miR-145-5p, miR-15b-5p e miR-4701-3p nos exossomos foram avaliados in vitro com o objetivo de serem utilizados como biomarcadores potenciais da hepatotoxicidade induzida por clopidogrel. Células HepG2 foram cultivadas em RPMI e tratadas com clopidogrel durante 24 e 48 horas nas concentrações de 6,25, 12,5, 25, 50 e 100 μM. A citotoxicidade foi avaliada por citometria de fluxo para analisar a fragmentação do DNA e o ciclo celular. A expressão quantitativa de miRNAs exossomais foi avaliada por RT-qPCR. Nossos resultados revelaram que em ambos os períodos de tratamento as concentrações de 6,25 e 12,5 μM apresentaram perfil semelhante ao observado para o controle. Em relação a outras concentrações (25, 50 e 100 μM) observou-se um aumento dose-dependente na fragmentação do DNA. A expressão do miR-26a-5p foi aumentada na concentração de 100 μM de clopidogrel (p < 0,05), enquanto a expressão do miR-15b-5p nesta mesma concentração tóxica foi reduzida (p < 0,05). O aumento da apoptose celular nas concentrações elevadas de clopidogrel associada ao aumento da expressão do miR-26a-5p e a diminuição do miR-15b-5p sugere que o perfil de expressão destes miRNAs podem ser úteis como uma ferramenta de diagnóstico inovadora para a detecção precoce da hepatotoxicidade induzida por clopidogrel.