ESTUDO DA QUITOSANA COMO EXCIPIENTE EM FORMAS FARMACÊUTICAS DE LIBERAÇÃO IMEDIATA E MODIFICADA CONTENDO CLORIDRATO DE PROPRANOLOL
Quitosana, spray dryer, cloridrato de propranolol, micropartículas, sistema de liberação modificada.
A quitosana é um copolímero obtido por meio da desacetilação da quitina que vem sendo utilizado como excipiente farmacêutico em formas convencionais e de liberação modificada. A aplicação da quitosana como excipiente em forma farmacêutica sólida de liberação imediata e prolongada contendo cloridrato de propranolol foi estudada e os diferentes parâmetros estabelecidos para modificar o perfil de liberação do fármaco. As variáveis do estudo incluíram o grau de desacetilação e massa molecular do copolímero, bem como o tamanho e forma das partículas obtidas por secagem por atomização em spray dryer, assim como tipo de quitosana misturada com o fármaco. As diferentes amostras foram encapsuladas em cápsula dura de gelatina para avaliar o efeito de dissolução do fármaco. As propriedades físico-químicas das amostras e formas farmacêuticas foram monitoradas pelos ensaios farmacopéicos, e pela técnica de espalhamento de luz dinâmico (DLS), microscopia eletrônica de varredura (MEV), difração de raios X (DR-X) e pela espectroscopia de Infravermelho por transformada de Fourier (FTIR). As formulações contendo as quitosanas com granulometria original do fabricante apresentou um comportamento de liberação imediata, enquanto que as formulações contendo as partículas de quitosana obtidas pela técnica do spray drying modificaram a liberação do fármaco, sugerindo um sistema de liberação prolongada. A presença do fármaco nas partículas produzidas por spray drying ou apenas na mistura também modificou o perfil de liberação e o tamanho da massa molecular mostrou resultados estatísticamente similares. Isso aconteceu provavelmente pela propriedade de intumescimento em meio ácido do copolímero, aprisionando o propranolol. Os resultados demonstraram a versatilidade do copolímero quitosana para aplicação presente, sendo necessário modular o tamanho, forma, massa molecular e cristialinidade para obter um perfil de dissolução desejado.