ESTUDO DA POTENCIALIDADE DA ESPECTROSCOPIA DE INFRAVERMELHO PRÓXIMO NA ANÁLISE DE CABELO UTILIZANDO FERRAMENTAS QUIMIOMÉTRICAS PARA DIFERENCIAR FUMANTES DE NÃO FUMANTES.
Espectroscopia NIR, Cabelo, Análise Forense, PCA, Nicotina.
Estudos recentes têm demonstrado que o consumo de tabaco pode influenciar de forma significativa na composição química do cabelo de seus usuários, onde a presença de substâncias contidas na fumaça do cigarro, e principalmente a nicotina, podem ser identificadas. Visualmente é impossível diferenciar o cabelo de um fumante quando comparado ao de um não fumante, pois a morfologia da fibra capilar não sofre alterações. Para contornar esse problema tem sido utilizando métodos cromatográficos de análise, mas estes são caros, lentos e destrutivos. A fim de superar esses problemas, nesse trabalho investiga-se a potencialidade da espectroscopia no infravermelho próximo (NIR) para análise forense de cabelo humano, a fim de diferenciar amostras fumantes de não fumantes, utilizando-se a modelagem quimiométrica como ferramenta analítica. Foram obtidos um total de 19 amostras de cabelo, sendo 9 de indivíduos fumantes e 10 de não fumantes variando sexo, cor do cabelo, idade e tempo de consumo de tabaco, todos coletados diretamente da cabeça dos mesmos na grande Natal-RN. A partir dos espectros NIR, obtidos sem nenhum tratamento prévio das amostras, foi realizado um estudo exploratório dos dados químicos multivariados aplicando-se pré-tratamentos espectrais seguido da análise dos componentes principais (PCA).
Após modelagem quimiométrica dos dados, conseguiu-se, sem qualquer outro dado experimental além dos espectros NIR, diferenciarem indivíduos fumantes de não fumantes, demonstrando-se a influência significativa do tabaco na composição química do cabelo, bem como a potencialidade da metodologia na identificação forense.