VOLATILIDADE DOS RETORNOS E GOVERNANÇA: Um Estudo de Eventos da Crise do Subprime
Crise financeira, governança corporativa, eficiência de mercado
A crise financeira ocorrida entre os anos de 2007 e 2008, conhecida como crise do
subprime, colocou em evidência a governança das empresas no Brasil e no mundo. Para
monitorar o risco financeiro, ferramentas quantitativas de gestão de risco foram criadas na
década de 1990, após vários desastres financeiros. A turbulência do mercado também tem
levado as empresas a investirem no desenvolvimento e utilização de informações, que são
aplicadas como ferramentas de apoio aos processos de controle e tomada de decisão.
Inúmeros estudos empíricos sobre eficiência informacional do mercado têm sido efetuados
dentro e fora do Brasil, revelando se os preços refletem instantaneamente as informações
disponíveis. A criação de níveis diferenciados de governança corporativa na BOVESPA, em
2000, fez com que empresas tivessem maior comprometimento em relação aos seus
acionistas, com maior nível de transparência em suas informações. A proposta desse trabalho
é analisar como a crise financeira do subprime afetou, entre janeiro de 2007 e dezembro de
2009, a volatilidade do retorno das ações na BM&FBOVESPA de empresas com maior
liquidez em diferentes níveis de governança corporativa. A partir de estudos das séries
temporais e, através de estudos de eventos, foram realizados testes econométricos, através do
EVIEWS, e pelos resultados apresentados tornou-se evidente que a adoção de boas práticas de
governança corporativa influenciam a volatilidade dos retornos das empresas.