Banca de QUALIFICAÇÃO: DIOGO DE MENEZES CORTÊS BEZERRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DIOGO DE MENEZES CORTÊS BEZERRA
DATA : 16/03/2024
HORA: 08:30
LOCAL: VIDEOCONFERÊNCIA (link a ser informado no Forum do Sigaa)
TÍTULO:

ENSAIOS SOBRE AVALIAÇÃO DE EFICIÊNCIA DE FUNDOS DE PENSÃO BRASILEIROS: UMA ABORDAGEM COM ANÁLISE ENVOLTÓRIA DE DADOS E ÍNDICE DE SHARPE.

 

PALAVRAS-CHAVES:

Avaliação, Eficiência, Fundos de Pensão, Previdência complementar, Benefícios.

PÁGINAS: 127
RESUMO:

A mensuração da eficiência é uma questão decisiva em diversos campos, especialmente em setores onde a alocação de recursos desempenha um papel significativo. Medir a eficiência em fundos de pensão é crucial para garantir a saúde financeira e o cumprimento dos compromissos de longo prazo com os beneficiários. Este trabalho apresenta três ensaios sobre avaliação de eficiência de fundos de pensão brasileiros e lança um modelo estruturado de avaliação de eficiência. O primeiro ensaio teve o objetivo de realizar uma revisão sistemática da literatura sobre avaliação de eficiência de fundos de pensão, buscando identificar padrões de objetivos, metodologias, resultados e tendências na avaliação de fundos. Tendo sido selecionados 14 artigos de cinco bases de dados bibliográficas distintas: Periódicos CAPES, Scielo, Google Acadêmico, Web of Science e Scopus. Foi feita a análise dos artigos de 3 perspectivas diferentes, análise bibliométrica, análise de correspondência e análise de conteúdo. Os resultados evidenciaram que as pesquisas sobre fundos de pensão ainda são muito incipientes, todavia, já se reconhece padrões do ponto de vista da metodologia majoritária utilizada a Análise Envoltória de Dados (DEA). O segundo ensaio avalia a eficiência, através da Análise Envoltória de Dados (DEA) em associação ao Índice de Malmquist. As variáveis financeiras foram eleitas com base na literatura e na disponibilidade nos balanços emitidos pelos fundos e publicados pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar -PREVIC, entre 2019-2023. O uso do modelo DEA seguiu um processo em três etapas: Definiu-se o banco de dados consistido por 191 fundos de pensão nos exercícios financeiros de 2019-2023, sendo 59 com patrocínio público e 132 com patrocínio privado. A etapa seguinte envolveu a identificação das variáveis de entrada e saída para avaliar a eficiência relativa das Decision Making Units (DMUs) selecionadas. Ao final, adotado o DEA de Malmquist para calcular o índice de produtividade (MALMQUIST, 1953). Os resultados evidenciaram que existem fundos dos mais diversos tamanhos e que todas as variáveis de entrada e saída apresentaram desvio-padrão maior que a média. Além disso, evidenciou que no período analisado os fundos apresentaram ineficiência produtiva na ordem de 8,141% do Índice Malmquist. Os 10 fundos melhor ranqueados apresentam valor de ativo financeiro maior que a média, indicando uma eficiência de escala. Não foi possível concluir qual tipo de fundo é mais eficiente, público ou privado, devido ao índice de Malquimist ter o valor parecido nas duas amostras. Por fim, o terceiro ensaio avalia a eficiência financeira dos fundos de pensão através do Índice de Sharpe no período de 2020-2023. O Índice de Sharpe é uma medida de desempenho que avalia o retorno de um investimento em relação ao risco assumido. Esse índice compara a rentabilidade de um ativo, ou de uma carteira, com um investimento livre de risco, ajustando os ganhos pelo nível de volatilidade. O ativo livre de risco escolhido para as comparações foram o índice de mercado Ibovespa e o Certificado de Depósito Interbancário – CDI que é um importante benchmark para ativos de renda fixa. Os resultados demonstraram que 81 (150) fundos de pensão tiveram o Índice de Sharpe menor que 0 (zero) em comparação ao Ibovespa (CDI). Isso significa que para o período analisado, a taxa livre de risco adotada teve um melhor rendimento que o portfólio de investimento de boa parte dos fundos. Ademais, reconhece que a pesquisa de avaliação de fundos precisa prosperar do ponto de vista acadêmico, pois, a falta de padronização de análises, além das diversas lacunas existentes na literatura, dificulta a comparação entre fundos de diferentes perspectivas.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3220688 - ALEXANDRO BARBOSA
Externo à Instituição - DANIEL KNEBEL BAGGIO - UNIJUI
Interno - 2864355 - ISRAEL JOSÉ DOS SANTOS FELIPE