DESEMPENHO INTERNACIONAL DAS EMPRESAS EXPORTADORAS: UM MODELO ESTRUTURAL BASEADO EM CAPACIDADES ORGANIZACIONAIS E AMBIENTE
Palavras-chave: Desempenho Internacional. Capacidades Organizacionais. Ambiente. Equações Estruturais
A internacionalização como fenômeno organizacional fundamentalmente estratégico teve como contribuições teóricas algumas escolas que, ao longo das décadas de 60, 70
e 80, desenvolveram abordagens comportamentais e econômicas com o intuito de
explicar a internacionalização. A abordagem comportamental trata da percepção do fenômeno como processo gradual sob a perspectiva do comportamento dos executivos
(JOHANSON e VAHLNE, 1977; HALLÉN e WIEDERSHEIM-PAUL, 1979 CZINKOTA, 1985). Esse fenômeno em permanente evolução teórica e gerencial
oportunizou a construção desta investigação, cujo objetivo é analisar o impacto
decorrente das capacidades organizacionais e do ambiente externo sobre o desempenho internacional das empresas exportadoras. Para tanto, foram utilizadas
como aporte teórico duas linhas de análise para a compreensão do desempenho internacional: Gestão Estratégica - Organização Industrial e Visão Baseada em
Recursos e Negócios Internacionais - Correntes Econômica e Comportamental. Foi
realizada uma pesquisa survey explanatória de corte transversal com abordagem quantitativa, incluindo 150 empresas exportadoras com atuação no Nordeste do
Brasil. Foi formulado um modelo conceitual, com oito constructos e oito hipóteses de pesquisa, representativo dos efeitos de fatores externos sobre o desempenho
internacional. Os dados foram tratados aplicando a Análise Fatorial Exploratória e a
Modelagem de Equações Estruturais com aplicação por meio de softwares estatísticos. O modelo de equações estruturais foi reespecificado e estimado utilizando o método de Máxima Verossimilhança até alcançar adequados valores dos índices de
ajustamento. Como principal contribuição teórica, identificou-se os recursos
organizacionais e físicos que denotam a importância do desenvolvimento de
habilidades gerenciais, da capacidade de aprendizagem e da capacidade de estabelecer alianças estratégicas no exterior. Isso porque o conhecimento, tanto do ponto de vista
operacional como na sua aplicação estratégica, oferece à organização condições de posicionamento no mercado que podem oportunizar vantagens competitivas
sustentáveis e que impactam o desempenho internacional das empresas.