Banca de DEFESA: LEOVIGILDO MELGAÇO TOLENTINO NETO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LEOVIGILDO MELGAÇO TOLENTINO NETO
DATA: 04/03/2016
HORA: 10:00
LOCAL: A definir
TÍTULO:

EUGENIO GUDIN VERSUS ROBERTO SIMONSEN: DESENVOLVIMENTISMO, NEOLIBERALISMO E A CONSTRUÇÃO DO BRASIL DURANTE O SÉCULO XX


PALAVRAS-CHAVES:

Desenvolvimentismo, industrialização, neoliberalismo, Gudin, Simonsen


PÁGINAS: 90
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Economia
RESUMO:

O debate sobre industrialização está arraigado a uma clássica polêmica dentro da economia, que ganhou fôlego ao longo do século XX: planejamento e intervencionismo, de um lado, versus livre mercado do outro. Essa pesquisa busca reacender o debate sobre industrialização tomando como foco a clássica discussão acerca do planejamento econômico, ocorrida na década de 1940, durante o governo Vargas, entre Eugenio Gudin e Roberto Simonsen.

 
O debate entre Gudin e Simonsen ocorreu no contexto de ascensão do Estado de Compromisso, com viés estritamente planejador, que criou uma infinidade de órgãos públicos no Brasil, entre as décadas de 30 e 50 do século XX: I - Departamento Nacional do Café; II - Conselho Federal de Comércio Exterior; III - Departamento Administrativo do Serviço Público, dentre algumas outras agências reguladoras. Os dois órgãos mais diretamente ligados ao debate entre Eugenio Gudin e Roberto Simonsen, nasceram ao fim do Estado Novo: Comissão de Planejamento Econômico (CPE) e o Conselho Nacional de Política Industrial (CNPIC). (TAVARES, 2010)
 
Gudin era membro da CPE. Esse órgão integrava o Conselho de Segurança Nacional; tinha como objetivo elaborar estudos sobre a economia brasileira e, em geral, realizar pesquisas de diligências militares. A CPE deveria projetar o alicerce institucional que realizaria o planejamento econômico nacional. Já Simonsen era membro do CNPIC, órgão filiado ao Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio; era constituído por representantes dos ministérios citados, por alguns integrantes da burocracia econômica e de alguns técnicos especialistas em economia.
 
É no domínio da CNPIC que ocorre o começo da controvérsia sobre o planejamento, entre Gudin e Simonsen. Esse órgão deveria discorrer sobre como o planejamento da economia brasileira seria de fato implementado. Até então, não existia um órgão oficial que integrasse todas as esferas do planejamento e direcionasse de forma técnica as ações do governo.
 
Simonsen sugeria que o CNPIC se estabelecesse como órgão máximo na elaboração e execução do planejamento econômico brasileiro, subordinado apenas ao presidente da República.
Essa pesquisa optou pela escolha do método relativista por conta do contexto latino-americano sob o qual se desencadeou o debate. De acordo com Blaug (1962), a análise relativista preconiza uma investigação de natureza mais extensa, isto é, inclinada ao contexto histórico e social sob os quais ocorrem a concepção de idéias. Os relativistas são pesquisadores que nutrem interesses nas relações da história do pensamento econômico com o arcabouço intelectual do autor em questão. Nesse prisma, nessa pesquisa, não há a possibilidade de dissociar o pensamento dos respectivos autores do contexto histórico e as questões além da economia que o influenciaram.
 
A conclusão dessa pesquisa expôs por que as idéias de Roberto Simonsen triunfaram perante o pensamento de Gudin.

MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANGELO MAGALHAES SILVA - UFERSA
Externo ao Programa - 2177279 - DENILSON DA SILVA ARAUJO
Presidente - 1205069 - WILLIAM EUFRASIO NUNES PEREIRA
Notícia cadastrada em: 22/02/2016 21:51
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