Niilismo e Técnica: A Caminho da Ultrapassagem
Niilismo, Decadência, Morte de Deus, Vontade de Poder, Técnica, Superação.
Para formular uma discussão plena sobre os elementos que regem uma teorização do niilismo, acentuamos a conceitualização dos temas prementes a filosofia de Nietzsche, para assim firmarmos um caminho seguro no tocante a sua afirmação, e não somente isso, no intuito de identificarmos a sua importância dentro de uma postura metafísica. No processo de escavação e análise dos seus elementos, encontra-se uma profunda cisão com o conjunto de doutrinas que permeiam a modernidade, contudo é importante estabelecer sobre que bases fundam-se esta compreensão a que se chega acerca do niilismo. Como ponto de investigação do primeiro capítulo considera-se o relativo ambiente histórico e filosófico em que parte o niilismo, baseado na leitura apontada por Franco Volpi, seguindo a análise e crítica do filósofo Friedrich Nietzsche, como elemento principal para uma caracterização do niilismo como questão filosófica a partir de conceitos fundamentais que permeiam a sua leitura: decadência, morte de Deus, desvalorização de valores, transvalorização de valores, vontade de poder e eterno retorno, são alguns dos conceitos mais freqüentes para uma caracterização do niilismo e servem de arcabouço para apontar uma crítica à metafísica. No segundo capítulo é feita uma análise sobre as idéias surgidas a partir da leitura tomada em Nietzsche que são desenvolvidas entre o filósofo Martin Heidegger e Ernst Jünger. Um diálogo que circunscreve o niilismo e os seus desdobramentos para a Era da Técnica para pensar a sua superação ou ultrapassagem.