PERFIL DE UTILIZAÇÃO ANTIMICROBIANOS EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL: UMA REVISÃO DE ESCOPO
Anti-Infecciosos. Unidades de Terapia Intensiva Neonatal. Uso de Medicamentos.
Os recém-nascidos são especialmente suscetíveis a infecções devido à imaturidade do sistema imunológico, agravada por fatores como procedimentos invasivos, tempo de internação e baixo peso ao nascer. Em virtude disso, estudos que investigam o padrão de uso de medicamentos em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal indicam que os agentes anti-infecciosos sistêmicos são a classe de medicamentos mais comumente utilizada. A suscetibilidade da população, a falta de consenso nas definições e a variabilidade quanto aos agentes etiológicos entre as regiões dificultam que sejam feitas recomendações globais, resultando em manejo heterogêneo das infecções neonatais. Diante disso, o objetivo deste estudo é descrever o perfil da utilização de antimicrobianos em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal. Trata-se de uma revisão de escopo conduzida de acordo com a metodologia proposta pelo Instituto Joana Briggs (JBI). Serão incluídas as seguintes bases de dados: LILACS via Biblioteca Virtual de Saúde; EMBASE; MEDLINE/PubMed via National Library of Medicine; Scientific Electronic Library Online (SciELO) via Web of Science; Web of Science e Scopus. Para identificar a literatura cinzenta, repositórios digitais serão consultados. A busca será realizada a partir de descritores, combinados com os operadores booleanos “OR” e “AND”, relacionados ao acrônimo PCC: população, conceito e contexto. Os estudos identificados serão carregados no aplicativo Rayyan e as duplicatas removidas. A seleção dos estudos e extração dos dados será conduzida por dois revisores independentes. Esperamos que os resultados possibilitem a compreensão de como esses fármacos estão sendo empregados em diferentes países, considerando aspectos como as características dos pacientes, os protocolos clínicos adotados e as políticas de saúde que influenciam a escolha e o uso de antimicrobianos. Este estudo poderá servir de base para a formulação de políticas e diretrizes além de fornecer evidências que subsidiarão os profissionais de saúde na tomada de decisões sobre o uso de antimicrobianos, promovendo uma prática clínica mais segura e eficaz.