DESAFIOS NO CUIDADO PSICOSSOCIAL AOS USUÁRIOS DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS PELOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE NO TERRITÓRIO
Atenção Primária à Saúde. Agentes Comunitários de Saúde. Saúde Mental. Redução de Danos. Drogas. Análise Institucional.
Desde a história da humanidade os seres humanos usam substâncias psicoativas e por se tratar de um tema complexo envolvendo múltiplos fatores é objeto de análise em muitos campos dos saberes. É pertinente considerar que essa questão também atinge o Sistema Único de Saúde (SUS) e por sua vez, contemplada os seus mais variados níveis de atenção à saúde com a demanda relaciona ao uso e abuso de substâncias psicoativas. Por se tratar de um universo vasto, esta pesquisa tem como objetivo geral compreender de que forma os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) na Atenção Primária à Saúde ofertam cuidados aos usuários que fazem uso prejudicial de substâncias psicoativas em um município da região do Trairi do Rio Grande do Norte. Para tanto, é direcionada para as narrativas de oito ACS atuantes em duas equipes de Estratégia de Saúde da Família. Escolhemos a pesquisa-intervenção, de abordagem qualitativa, a partir do referencial teórico metodológico da Análise Institucional. O período que foi desenvolvido as atividades com os ACS aconteceu entre agosto e setembro de 2021. Os dados foram produzidos a partir de três instrumentos: roda de conversa, entrevistas individuais e diário de pesquisa. Ao todo foram realizadas 08 entrevistas individuais e 01 roda de conversa. Quanto ao diário, foi elaborado durante as vivências descritas anteriormente como potencial de análise e reflexão nos encontros in loco na pesquisa. No que se refere à análise dos dados produzidos, serão aplicados conceitos importantes do referencial teórico da Análise Institucional. Por fim, como resultados, foi constatada baixa procura na Unidade Básica de Saúde pelos usuários de substâncias psicoativas; valorização do modelo biomédico e da medicalização; internação nas comunidades terapêuticas como uma das melhores possibilidades de cuidado; baixo planejamento na oferta individual do cuidado e pouca abrangência na articulação intersetorial.