Reflexões sobre a formação e desenvolvimento de coleções de uma biblioteca universitária: novas perspectivas a partir de Uma Teoria da Justiça de Rawls
Teoria da justiça. Justiça como equidade. Política de Formação e Desenvolvimento de Coleções. Bibliotecas universitárias. Relato de experiência – BS-ESUFRN.
O grande fluxo informacional disponível em diferentes suportes manifesta a necessidade de buscar estratégias que melhor se adequem a realidade atual vivida pelas bibliotecas universitárias, a de formar e manter seus acervos condizentes com os objetivos institucionais e às necessidades de sua comunidade. Esse fato também é vivenciado na Biblioteca Setorial da Escola de Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, locus da pesquisa. Apesar dela utilizar instrumento institucional próprio, a política de formação e desenvolvimento de coleções, que orienta quais os caminhos necessários para controlar e administrar acervos, apresenta alguns entraves que dificultam a execução de políticas efetivas destinadas para o andamento do processo por que envolvem particularidades de cada unidade de informação. Desta maneira, considera-se relevante investigar esse fenômeno no decorrer da dissertação ao optar pela utilização da pesquisa bibliográfica e documental em conjunto com o relato de experiência como forma de apresentar as dificuldades enfrentadas pela biblioteca em estudo. Objetiva-se discutir e averiguar como tornar o processo de Formação e Desenvolvimento de Coleções do Sistema de Bibliotecas da UFRN algo justo utilizando as diretrizes e orientações de John Rawls contidas na sua obra Uma teoria da justiça. E como ela pode atender a realidade da Biblioteca Setorial da Escola de Saúde. Pretende-se, portanto, refletir sobre qual a melhor tomada de decisão para resolver um problema de ordem de ética aplicada, de forma que seja possível equilibrar e distribuir os bens igualitariamente no momento em que há a escassez para ampliação de estrutura física, em que os recursos existentes são moderados e os benefícios consecutivos nem sempre são satisfatórios para todos. Verificou-se que, o questionamento de como promover uma comunidade acadêmica justa, estável e cooperativa entre pessoas livres e iguais, requer parceria entre os conceitos, a interdisciplinaridade entre as áreas. A resposta não pode ser simplesmente teórica, mas prática e, portanto, possibilitou refletir como proceder com os conflitos entre o possível e o desejável num ambiente plural como a universidade.