AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL DE ADULTOS E IDOSOS COM COVID-19: UMA REVISÃO DE ESCOPO
Estado nutricional, massa muscular esquelética, gordura corporal, doença de coronavírus 2019, paciente hospitalizado
Introdução: O estado nutricional pelo IMC está diretamente relacionado ao risco e prognóstico de pacientes com COVID-19. No entanto, o uso do IMC em populações clínicas é controverso, pois não reflete a obesidade no nível individual. A avaliação da composição corporal pode agregar informações mais precisas para a triagem nutricional de pacientes hospitalizados. Objetivo: Explorar a técnica de composição corporal mais usada em pacientes com COVID-19 e investigar possíveis associações entre baixa muscularidade, maior gordura visceral e mioesteatose com piores resultados de COVID-19 por meio de uma revisão de escopo. Métodos: Foi elaborada uma scoping review utilizando bases de dados eletrônicas para estratégia de busca e busca manual incluindo Embase, PubMed, Web of Science, Scopus e LILACS. Os critérios de elegibilidade incluíram estudos observacionais retrospectivos e prospectivos nos quais a composição corporal foi analisada. Resultados: 2.409 citações foram incluídas para a seleção dos estudos. Os estudos observacionais com pacientes com COVID-19 foram selecionados. Após a revisão dos artigos, um total de 41 estudos foram incluídos nesta revisão de escopo. As ferramentas de composição corporal mais utilizadas foram tomografia computadorizada (n = 28), bioimpedância elétrica (8), ultrassom (4) e ultrassonografia (1). Houve fortes associações entre baixa muscularidade, maior gordura visceral e gordura intramuscular e resultados de COVID-19. Conclusões: A tomografia computadorizada, seguida de BIA e ultrassonografia foram os métodos mais utilizados. A combinação de várias técnicas de avaliação pode dar ao investigador/médico poder para examinar e caracterizar uma considerável adiposidade ou baixa massa muscular.