ADESÃO AO TRATAMENTO PARA PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS
adesão ao tratamento, hiv/aids, teoria da ação planejada
Os eventos adversos relacionados ao uso de antirretrovirais sofreram modificações significativas com os avanços das pesquisas clínicas. Acredita-se que os efeitos colaterais dos ARV, juntamente com a patogenia do próprio vírus e os hábitos de vida podem ter um impacto negativo significativo na adesão ao tratamento. Buscou-se identificar os processos psicossociais concorrentes a adesão ao tratamento para HIV/Aids. Tratou-se de um estudo observacional exploratório com avaliação da adesão ao tratamento em PVHA. Os participantes foram homens (53%) e mulheres (47%), com faixa etária média de 44,7 anos, peso corporal médio de 66,4kg e renda média de 1.2 salários mínimos. Na primeira etapa do estudo, foram divididos em grupos quanto ao tempo de uso da TARV: Grupo 1 menos de 1 ano de tratamento (9,4%), Grupo 2 menos de 5 anos de tratamento (32,1%), e Grupo 3 mais de 5 anos de tratamento (58,5%). Ao aplicar o CEAT-VIH, observou-se que 84,9% foram promissores em seus tratamentos quanto a adesão e o instrumento de Expectativa de Autoeficácia corroborou os resultados encontrados. Nos resultados do teste ANOVA e teste “t”, realizados para verificar diferenças entre as médias da adesão da expectativa de autoeficácia segundo os itens do instrumento CEAT-VIH dos pacientes com HIV, ao nível de significância de 5%, foi observou-se que existe diferença entre as médias dos itens de avaliação. Já na segunda etapa, onde foram realizadas entrevistas voltadas a aplicação da intervenção com uso da Teoria da Ação Planejada (TAP), 64% da amostra se disponibilizou em participar da intervenção em grupo e 36% optaram por atendimento individual. Ao final dessa etapa somente 7 (13,2%) pacientes compareceram as entrevistas individuais, os grupos não ocorreram, a perda amostral foi em torno de 86,8%. No entanto, verificou-se uma relação positiva entre os níveis de adesão e a Expectativa de Autoeficácia, na medida que se busca estratégias para que o paciente desenvolva habilidades e capacidades pessoais para controlar as circunstâncias que possam dificultar o seguimento regular do tratamento medicamentoso para o HIV, mecanismo central das ações realizadas intencionalmente.