UMA FUCANA DA ALGA SPATOGLOSSUM SCHRÖEDERI AO SE LIGAR A FIBRONECTINA, INIBE A MIGRAÇÃO DE CÉLULAS ENDOTELIAIS E IMPEDE QUE ESSAS FORMEM ESTRUTURAS SEMELHANTE A VASOS IN VITRO
Fucoidan; alga marrom; células endoteliais; anti-angiogênico |
Uma galactofucana de baixa massa molecular (denominada de fucana B) foi obtida da alga marinha marrom Spatoglossum schöederi e sua atividade como inibidor da formação de estruturas semelhantes a vasos foi avaliada. Análises químicas, de infravermelho e de eletroforeses confirmaram a identidade da fucana B. Diferente de outras fucanas de baixa massa molecular, a fucana B, de forma dose dependente (de 0,012 a 0,1 mg/mL), foi capaz de inibir células endoteliais de formarem estruturas semelhantes a vasos. Além disso, a fucana B (de 0,01 a 0,5 mg/mL) não afetou a proliferação das células endoteliais. Também se observou que a fucana B inibiu a migração das células endoteliais quando a fibronectina era substrato, porém ela não apresentou este efeito quando laminina ou colágeno foram substratos. Esta fucana foi biotinilada e utilizada como sonda fluorescente em experimentos de confocal. Com isso, observou-se que a fucana não se ligava a superfície celular, apenas a matriz extracelular, especificamente a fibronectina. Sugere-se que a fucana B inibe as células endoteliais de formarem vasos por se ligar diretamente a fibronectina e assim bloqueiam os sítios de reconhecimento de receptores das células endoteliais. Os dados indicam que estudos futuros devem ser realizados in vivo para confirmarem essa atividade da fucana B.