As Escritas de Si e a Autoficção em A Redoma de Vidro, de Sylvia Plath
Escrita de si; Autoficção; Autobiografia; Sylvia Plath.
A presente dissertação propõe investigar o romance A Redoma de Vidro (1963), de Sylvia Plath, partindo de uma leitura sob a perspectiva de autoficção, termo cunhado pelo escritor francês Serge Doubrovsky na década de 1970 para caracteriza práticas de escritas de si através do modelo de ficção. Nossa proposta assume que, apontando eventos ficcionais na narrativa como possuindo inspirações autobiográficas, Sylvia Plath recorreu a um modelo narrativo inerente a suas produções literárias nas quais consistem em uma performance de si mesma enquanto autora. Nosso objetivo é examinar trechos no romance que tenham caráter autobiográfico, fundamentando a análise a partir de uma autobiografia da autora, bem como seus diários. Dessa forma, embora A Redoma de Vidro (1963) tenha sido publicado anteriormente ao conceito de autoficção, nossa hipótese é de que o romance apresenta recursos narrativos semelhantes ao de um texto autobiográfico, mas escrito no modelo ficcional. A pesquisa será bibliográfica e qualitativa e terá como principais pressupostos teóricos textos de autores como Bakhtin (2011a e 2011b), Lejeune (2008), Focault (2006 e 2001), Barthes (2004a e 2004b) e Doubrovsky (1970).