A PALO SECO: UM ESTUDO DO BARROCO NA OBRA DE BELCHIOR A PARTIR DA APROXIMAÇÃO COM JOÃO CABRAL DE MELO NETO
A Palo Seco, Barroco, signos poéticos
“Eu quero é que esse canto torto feito faca corte a carne de vocês” (BELCHIOR. A Palo Seco. São Paulo: Chantecler: 1974. LP 2’56’’). Esta pesquisa é desenvolvida na Literatura Comparada e, tem como objetivo analisar características barrocas na obra de Belchior a partir do diálogo com signos poéticos presentes na obra de João Cabral de Melo Neto. O mote para essa pesquisa é “A Palo Seco”, um poema em João Cabral, presente no livro Quaderna (2008) e uma canção em Belchior, do disco Mote e Glosa (1974). Nesta pesquisa temos o diálogo da literatura com a música partindo da teoria de autores como Francisco Ivan (2013), Verônica Moura (2014), Perrone-Moises (2016), Tania Franco Carvalhal (1991), Antônio Candido (1994), dentre outros. Realizamos um levantamento sobre as pesquisas realizadas que envolvem Belchior e João Cabral, passando por trabalho de autores como Josely Carlos (2007), Eurídice Figueiredo (2013), Jotabê Medeiros (2017), Glenda Moura (2014), José Américo Saraiva (2007), dentre outros. O caminho de análise passa por signos poéticos cabralinos barrocos, como a lâmina, a faca, o retirante, o regional e o global, que são apropriados na obra do cearense e, como aporte teórico para entender o Barroco trabalhamos com autores como: Severo Sarduy (1987), Federico Garcia Lorca (1955), Lezama Lima (1957), Francisco Ivan (2013), Francisco Israel de Carvalho (2012). Os resultados dessa análise buscarão perceber características barrocas na obra de Belchior a partir desse contato com o barroco em João Cabral, presente nos signos poéticos que fazem diálogo entre as obras de ambos.