Representações de professores em formação inicial sobre o “bom professor”: um estudo sistêmico-funcional longitudinal
Representações. Formação inicial de Professores de Inglês. Gramática Sistêmico-Funcional. Transitividade.
Com o foco nas representações que circunscrevem a formação inicial de professores de Língua Inglesa, este trabalho propõe-se a analisar o que os participantes da pesquisa concebem como “bom professor” no contexto do Instituto Ágora, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Nossa proposta visa reconhecer como são concebidas linguisticamente tais representações através das marcas lexicogramaticais, mais precisamente pelos processos, segundo os pressupostos da Gramática Sistêmico-Funcional (HALLIDAY; MATTHIESSEN, 2004; EGGINS, 2004; THOMPSON, 2004). Entrevistas foram elaboradas, aplicadas e analisadas com seis participantes ao iniciarem o semestre letivo das turmas de inglês do referido curso, bem como ao final do semestre, constituindo assim dois pontos distintos que oferecem uma perspectiva longitudinal. A primeira etapa compreendeu seis entrevistas gravadas em áudio e posteriormente transcritas, assim como aplicação de questionários relacionados aos dados demográficos para traçar o perfil dos informantes. Selecionamos as marcas lexicogramaticais por meio do programa computacional WordSmith Tools (SCOTT, 2010) a fim de localizar as ocorrências e entender a maneira como eram construídas por meio dos processos. Partiu-se do pressuposto de que, ao reconstruir suas experiências nas entrevistas, os participantes poderiam se tornar mais críticos e conscientes de suas práticas. Os resultados analisados mostram que, ao primeiro momento de entrevistas, os professores expressam-se com mais cuidado quando delineiam suas opiniões e exprimem suas representações, fato este sugerido pelo uso de (1) processos mentais cognitivos do tipo acho, (2) metáforas modais de obrigação do tipo tem que, e por último (3) o processo relacional atributivo é. No segundo momento, percebeu-se que as marcas presentes em seu discurso passam a indicar mais assertividade, sem a presença de modalizações ou processos mentais que expressam incerteza, passando assim a expressar sentidos orientados apenas pelo processo atributivo relacional é. A pesquisa mostra, em sua etapa final, a mudança das representações em sua forma e também em seu conteúdo, dando assim margem para aspectos não expressados no primeiro momento, bem como o apagamento de alguns relatos presentes na primeira etapa de entrevistas, mas não na segunda. Os resultados aqui expressos são relevantes na discussão e entendimento das representações e suas implicações nos dizeres e fazeres dos profissionais docentes, podendo este estudo fornecer dados para discussões sobre formação inicial e continuada, assim como em investigações voltadas para os mecanismos linguísticos no discurso de professores de Inglês e suas práticas. Com o foco nas representações que circunscrevem a formação inicial de professores de Língua Inglesa, este trabalho propõe-se a analisar o que os participantes da pesquisa concebem como “bom professor” no contexto do Instituto Ágora, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Nossa proposta visa reconhecer como são concebidas linguisticamente tais representações através das marcas lexicogramaticais, mais precisamente pelos processos, segundo os pressupostos da Gramática Sistêmico-Funcional (HALLIDAY; MATTHIESSEN, 2004; EGGINS, 2004; THOMPSON, 2004). Entrevistas foram elaboradas, aplicadas e analisadas com seis participantes ao iniciarem o semestre letivo das turmas de inglês do referido curso, bem como ao final do semestre, constituindo assim dois pontos distintos que oferecem uma perspectiva longitudinal. A primeira etapa compreendeu seis entrevistas gravadas em áudio e posteriormente transcritas, assim como aplicação de questionários relacionados aos dados demográficos para traçar o perfil dos informantes. Selecionamos as marcas lexicogramaticais por meio do programa computacional WordSmith Tools (SCOTT, 2010) a fim de localizar as ocorrências e entender a maneira como eram construídas por meio dos processos. Partiu-se do pressuposto de que, ao reconstruir suas experiências nas entrevistas, os participantes poderiam se tornar mais críticos e conscientes de suas práticas. Os resultados analisados mostram que, ao primeiro momento de entrevistas, os professores expressam-se com mais cuidado quando delineiam suas opiniões e exprimem suas representações, fato este sugerido pelo uso de (1) processos mentais cognitivos do tipo acho, (2) metáforas modais de obrigação do tipo tem que, e por último (3) o processo relacional atributivo é. No segundo momento, percebeu-se que as marcas presentes em seu discurso passam a indicar mais assertividade, sem a presença de modalizações ou processos mentais que expressam incerteza, passando assim a expressar sentidos orientados apenas pelo processo atributivo relacional é. A pesquisa mostra, em sua etapa final, a mudança das representações em sua forma e também em seu conteúdo, dando assim margem para aspectos não expressados no primeiro momento, bem como o apagamento de alguns relatos presentes na primeira etapa de entrevistas, mas não na segunda. Os resultados aqui expressos são relevantes na discussão e entendimento das representações e suas implicações nos dizeres e fazeres dos profissionais docentes, podendo este estudo fornecer dados para discussões sobre formação inicial e continuada, assim como em investigações voltadas para os mecanismos linguísticos no discurso de professores de Inglês e suas práticas.