INVENÇÃO DE ORFEU: A utopia barroca de Jorge de Lima
PALAVRAS-CHAVE: barroco; mito; gnose; Invenção de Orfeu
Nesta dissertação, examina-se algumas das questões fundamentais para a compreensão da obra Invenção de Orfeu, do poeta alagoano Jorge de Lima. Para isso, optamos por: primeiramente, analisar a natureza barroca do poema, evidenciando algumas das suas principais características; em seguida, pensar o processo de mitologismo, examinando o mito de Orfeu (protagonista) e o mito da Queda (tema principal), em suas ocorrências no poema; e, por fim, refletir acerca de uma perspectiva gnóstica na relação alegórica entre os mitos. Para tratar as questões referentes ao Barroco, recorreu-se a Walter Benjamim (1984), Eugênio D’Ors (s.d), Severo Sarduy (1989[?]), Afrânio Coutinho (1986); Afonso Ávila (1994), entre outros. Em Mielietinski (1987), Campbell (1990; 1997; 2002) e Mircea Eliade (1992; 1993; 1998; 2010) buscou-se instrumentais teóricos que pudessem servir como ponto de partida para a reflexão acerca de mitopoética. E, em Bentley Layton (2002), Harold Bloom (1996) e Claudio Willer (2010), os referenciais sobre gnose e poesia.