DINÂMICA METROPOLITANA, VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL E SUA INTERFACE COM AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE NATAL/RN
Adaptação, Mudanças climáticas, Organização socioespacial, Região Metropolitana de Natal – RMN, Vulnerabilidade socioambiental.
A Região Metropolitana de Natal foi marcada por grandes transformações em seu contexto urbano. A expansão das cidades trouxe consigo a problemática da desordem nos centros urbanos, provocados pelo processo de urbanização e crescimento populacional, que refletiram em sua organização socioespacial, acompanhado por níveis de desigualdades sociais e territoriais. Essa organização contribuiu com espaços segregados por populações em situações de vulnerabilidade socioambiental, que podem causar fortes impactos no solo, diante do mau uso e ocupação desses. Assim, organização do espaço, as atividades econômicas, a forma de viver e morar nos espaços urbanos, a degradação do solo, evidenciam fatores que podem provocar alterações as mudanças climáticas. Nesse sentido a proposta de dissertação tem como objetivo, compreender como a dinâmica da organização socioespacial da RMN podem influenciar nas condições de vulnerabilidade socioambiental, analisando como os municípios integram a perspectiva de adaptação climática. Para a realização do trabalho, os procedimentos metodológicos utilizados seguem as orientações de uma pesquisa com abordagem qualitativa e quantitativa, visando compreender as dinâmicas metropolitanas, os impactos ambientais e climáticos através de revisões bibliográficas em artigos, livros, documentos e instrumentos de coletas de dados. Tendo isso em vista nessa pesquisa, os dados quantitativos tiveram como fonte os microdados do Censo Demográfico de 2010 e da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC- 2017), ambos do IBGE, e o Atlas de Vulnerabilidade Social de 2010 (IVS) apresentado pelo IPEA. Respectivamente esses dados fornecem informações demográficas, socioeconômicas e ambientais. Conclui-se que a organização socioespacial da RMN, apresenta uma distribuição territorial desigual, resultado de fatores socioeconômicos, que refletem nas alterações urbanas e climáticas, resultando em um contexto de vulnerabilidade socioambiental, sendo preciso construir mecanismos de adaptação às mudanças climáticas, acrescentando estratégias que permitem lidar com a redução dos riscos ocasionados pelas mudanças climáticas.