Desenvolvimento e Urbanização na Periferia da Periferia do Nordeste: das raízes da estrutura produtiva gado-algodão ao setor de serviços urbanos precarizados nas Regiões Metropolitanas de Fortaleza e Natal
Economia Urbana e Regional; Periferia; Região Metropolitana de Fortaleza; Região Metropolitana de Natal;
Partindo do espaço econômico chamado nordeste gado-algodão, que possui bases produtivas muito semelhantes até os anos 1960, os rebatimentos internos da condição de periferia da periferia regional, manifestados nos processos de desenvolvimento e urbanização, se dão de forma diferenciada, por meio de ações políticas das elites locais e do processo de integração do mercado nacional. Todavia, o dinamismo econômico regional que sempre esteve colado (ou dependente) aos impulsos de políticas de estado, sejam nacionais, regionais ou locais, começa a se diferenciar pelos montantes de investimentos que distribuem-se de forma heterogênea neste espaço. Defende-se a tese de que nesse nordeste algodoeiro pecuário, com destaque para 2 estados nordestinos vizinhos, RN e CE, o processo de desenvolvimento e urbanização explicitou regiões metropolitanas desiguais e periféricas, como os casos das RM Fortaleza e Natal. Para a análise, admite-se que os fatos históricos modificam as estruturas sociais, políticas e, notadamente, as econômicas. Sendo assim, a pesquisa parte da análise dos fatos históricos que se manifestaram em diferentes períodos impactando positiva ou negativamente as estruturas produtivas e sociais. Incorporando-se na pesquisa a análise de dados que permitam a compreensão de um modelo de uma matriz estrutural econômica incorporando fatores não econômicos, a partir do método de investigação histórico-estruturalista.