A CASA COMO ATIVO: AS ESTRATÉGIAS DOS MORADORES DO PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA - FAIXA 1 NA RMNATAL/BRASIL
reprodução social; casa; ativo; classe trabalhadora; Programa Minha Casa Minha Vida – Faixa 01
Para manter-se vivo o ser humano precisa suprir determinadas necessidades básicas que auxiliarão sua inserção e reprodução na sociedade. A classe trabalhadora insere-se nesse cenário enquanto população que luta diariamente para se manter no sistema e ter acesso as mercadorias que irão promover o seu desenvolvimento. A mercadoria casa destaca-se enquanto uma das necessidades principais, tanto em relação ao consumo como na questão da produção. O bem habitacional transforma-se em um ativo social e de renda no qual possibilita a melhoria de vida, inserção social e econômica. Inúmeras são as estratégias de acesso à casa e de transformação desta. Ressalta-se, aqui, que as mudanças na estrutura física da habitação por meio de reformas, construções e novas formas de ocupação e uso da propriedade possibilitam novas apropriações de renda e/ou diminuição de riscos. No Brasil, a partir de 2009, o acesso à casa pela classe trabalhadora é promovido através do Programa Minha Casa Minha Vida – Faixa 1, e algumas pesquisas já relatam a existência das diferentes formas de utilizar a casa nos conjuntos produzidos pelo programa. Assim, o objetivo deste estudo é compreender os diferentes usos e ocupações dos imóveis, construídas pelo Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) - Faixa 01, na Região Metropolitana de Natal, de acordo com as estratégias dos moradores em relação a utilização da habitação enquanto um ativo promotor da reprodução social. Os procedimentos metodológicos contam com a organização de um banco de dados, com informações obtidas a partir de análise documental e investigação in loco, referentes às características dos condomínios, seus moradores e os diferentes usos e ocupações dos lotes e apartamentos. Foram realizadas 943 entrevistas por questionários em todos 33 empreendimentos do PMCMV – Faixa 01, localizados na RMNatal.