Dinâmica socioeconômica nos municípios produtores de energia eólica no Litoral da Costa Branca Potiguar (2000-2015) |
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Desenvolvimento Regional. Dinâmica socioeconômica. Energia Eólica. Litoral da Costa Branca Potiguar. Sustentabilidade Ambiental.
No último decênio (2000-2015), o Rio Grande do Norte vem se destacando no cenário nacional de produção de energia renovável eólica. As justificativas para instalações de parques eólicos em território potiguar perpassam desde a discussão de sustentabilidade ambiental até desenvolvimento regional. Conforme o discurso acerca do desenvolvimento econômico, no presente trabalho busca-se responder a seguinte pergunta de partida: como se manifesta dinâmica socioeconômica da matriz energética eólica nos municípios potiguares que compõem o Litoral da Costa Branca do Rio Grande do Norte? O Litoral da Costa Branca Potiguar revela-se como uma região de grande potencial eólico potiguar e ao mesmo tempo com diversos problemas socioeconômicos. Levantada essa problemática, os principais objetivos que norteiam este trabalho tratam-se em: desenvolver uma discussão teórica sobre desenvolvimento econômico, sustentável e regional; compreender como a Energia Eólica se insere no contexto de desenvolvimento tanto em economias já desenvolvidas quanto na periferia; analisar a evolução e qualificação da socioeconomia dos municípios do Litoral da Costa Branca a partir da implantação dos parques eólicos; identificar como e/se o formato dos investimentos dos parques eólicos no estado possuem capacidade de alavancar o seu desenvolvimento econômico. Para melhor compreensão de como se manifesta a dinâmica socioeconômica de uma região periférica será adotada como plataforma metodológica o método de investigação histórico-estruturalista. Nesse paradigma os fatos históricos modificam as estruturas sociais, políticas e econômicas. Como hipótese principal, admite-se que o movimento dos investimentos em energia eólica potiguar conduz o fortalecimento das desigualdades locais, uma vez que o diálogo entre esta atividade econômica pouco interage com a dinâmica regional e acelera o processo de urbanização de forma desordenada agravando problemas sociais existentes. Por fim, justifica-se o trabalho em tela pelo recente movimento de implantação de novas matrizes energéticas sustentáveis ambientalmente em regiões periféricas com estruturas produtivas incipientes e com frágeis indicadores sociais. Dessa forma, vale investigar como uma nova atividade produtiva com elevados investimentos pode ser desenvolvida em regiões que historicamente têm sustentado limitados resultados produtivos.