Banca de QUALIFICAÇÃO: DÉLIS DE OLIVEIRA FERREIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DÉLIS DE OLIVEIRA FERREIRA
DATA : 27/06/2024
HORA: 09:30
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

Desenvolvimento de um protocolo de baixo custo para o rastreio da endometrite crônica


PALAVRAS-CHAVES:

Endométrio; Plasmócito; Inflamação; Microbiota; Lactobacillus spp;


PÁGINAS: 79
RESUMO:

A endometrite crônica (EC) é caracterizada pela presença de inflamação persistente no
revestimento interno do útero, o endométrio, e está associada a uma variedade de
manifestações clínicas, incluindo irregularidades menstruais, dor pélvica, complicações
obstétricas e infertilidade. Apesar de sua relevância clínica, a EC muitas vezes apresenta
desafios significativos no diagnóstico. A falta de sintomas específicos e a sobreposição
de sinais clínicos com outras condições ginecológicas podem dificultar a identificação
precoce e precisa da doença. Além disso, os métodos de diagnóstico disponíveis podem
ser dispendiosos, invasivos e/ou apresentar limitações em termos de sensibilidade e
especificidade. Essa dificuldade no diagnóstico evidencia a necessidade do
desenvolvimento de um protocolo de rastreio para a doença que seja eficiente e
economicamente viável. Dentro desse contexto, essa pesquisa propõe abordagens
inovadoras para a identificação precoce da EC e desenvolver um protocolo acessível,
preciso e clinicamente relevante. Para isso, incialmente foi realizada uma revisão de
literatura, a qual compõe o capítulo 1 desta tese, com o objetivo de apresentar um painel
que inclua os principais gêneros bacterianos associados à endometrite. A busca
bibliográfica foi realizada utilizando termmos chave determinados em base de dados
diferentes, sem restrição de idioma ou ano de publicação. Os resultados da revisão
mostraram que os cinco gêneros mais citados são: Chlamydia spp., Ureaplasma spp.,
Streptococcus spp., Mycoplasma spp., e Enterococcus spp, os quais relacionam a
importantes alterações inflamatórias endometriais. Posteriormente, com o objetivo de
comparar diferentes métodos para realização de biópsia endometrial, quanto à sua
viabilidade em permitir o diagnóstico da EC a partir de análises histopatológicas e imunohistoquímicas para CD138, CD56 e PGP 9.5. Para tal, amostras de tecido endometrial
foram coletadas em pacientes maiores de 18 anos, no setor de histeroscopia cirúrgica na
Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC), Natal-RN. Este tecido foi obtido através de
histeroscopia, pipelle de Cornier, e cateter uretral acoplado a uma seringa. Não foram
identificadas diferenças significativas entre a caracterização histopatológica e a marcação
imuno-histoquímica quando se comparou os três métodos de coleta utilizados. Sugere-se,
portanto, o uso do cateter uretral acoplado a seringa como um novo método para
realização de biópsia endometrial, sendo este mais acessível financeiramente; com menor
risco de complicação posterior ao procedimento, uma vez que dispensa a necessidade de
anestesia; e tão eficiente para a obtenção de tecido endometrial quando os outros métodos
citados; em especial a histeroscopia, que é o método mais utilizado na prática clínica para
este fim. Em conjunto, estes dados mostram que a presença dos microrganismos citados
no endométrio pode comprometer a saúde reprodutiva feminina, e que o uso de cateter
uretral do tipo Nelaton adaptado para fins de realização de biópsia pode despontar como
uma promissora forma de se obter amostras de tecido endometrial, seja para realização de
análises microscópicas teciduais, seja para a identificação de microrganismos causadores
da EC, bem como identificação de outras patologias uterinas.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ISABELA NEVES DE ALMEIDA - UFOP
Externa ao Programa - ***.411.623-** - DEBORAH DE MELO MAGALHÃES PADILHA - UnP
Presidente - 1714294 - MARCIO FERRARI
Externo ao Programa - ***.283.220-** - RICARDO NEY OLIVEIRA COBUCCI - UFRN
Notícia cadastrada em: 06/06/2024 10:10
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