Banca de DEFESA: CLEINE AGLACY NUNES MIRANDA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CLEINE AGLACY NUNES MIRANDA
DATA : 17/09/2018
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório CCS
TÍTULO:

Avaliação da atividade citotóxica in vitro e ensaio in silico de alcaloide isolado de Erythrina velutina em células de câncer cervical imortalizadas pelo papilomavirus humano (HPV)


PALAVRAS-CHAVES:

Câncer cervical; Alcaloides; Erytrina velutina; Citoxicidade; In silicO


PÁGINAS: 132
RESUMO:

Considerando a alta ocorrência de câncer cervical no mundo e os efeitos adversos dos
tratamentos disponíveis são relevantes os estudos envolvendo ativos vegetais para a geração
de novas terapias para este tipo de tumor.
Erythrina velutina (EV) é uma planta nativa do Brasil
popularmente conhecida como mulungu. Preparações à base das cascas do mulungu são
utilizadas na medicina tradicional como calmante, anticonvulsivante e no tratamento de
distúrbios do sono. Entre as classes de metabólitos encontradas no gênero merece destaque a
ocorrência de alcaloides eritrínicos em diversas espécies. Neste estudo, a fração de alcaloides
totais das folhas foi obtida por extração ácido-base e analisada por Cromatografia Gasosa
acoplada a Espectrômetro de Massas. Na análise cromatográfica do extrato de EV foram
identificados seis alcaloides eritrínicos: eritrinina, eritralina, eritradina, eritroculina, cristamidina
e oxo-eritralina, sendo que apenas a eritralina e oxo-eritralina já foram reportadas nesta
espécie. A fração alcaloide total e o isolado eritralina foram avaliados quanto às propriedades
citotóxicas em linhagem de câncer cervical SiHa HPV16
+. As células foram cultivadas em meio
de cultura e incubadas com diferentes concentrações das amostras. A viabilidade celular foi
quantificada pelo ensaio de MTT e a absorvância (570 nm) por um leitor de ELISA, em cada
experimento. A morte celular foi avaliada utilizando a coloração por Iodeto de Propídio e
Anexina e as análises por citometria de fluxo. Tanto a fração de alcaloides totais de EV, quanto
o seu composto isolado, Eritralina, inibiram significativamente (p<0,05) o crescimento de
células SiHa nas cinéticas de 24 e 48 horas. Houve aumento de morte celular também de
forma dose dependente através das análises por citometria. Após tratamento com eritralina, o
ensaio de viabilidade celular mostrou que os efeitos inibitórios foram consistentes com as
alterações morfológicas observadas sob microscópio de luz, de forma dose-tempo
dependentes. Os resultados também sugerem uma tendência de parada do ciclo celular de
SiHa na fase G2/M na presença da Eritralina. Foi observado que os percentuais de morte
celular aumentaram após exposição das células com eritralina associada ao z-VAD (inibidor de
caspases) e dependente de caspases. Em relação a ação da Eritralina nas células normais a
mesma não apresentou efeito citotóxico em células mononucleares do sangue periférico
humano. Através de ensaio
in silico foram encontrados três possíveis alvos antitumorais de
interações com o alcaloide isolado eritralina. Com base em ensaios para avaliar ação citotóxica
e estudos
in silico os alcaloides totais de Erythrina velutina e seu isolado Eritralina
desempenharam um papel importante na citotoxicidade, morte celular e exibiram potenciais
alvos contra o câncer em linhagem cervical humano imortalizadas pelo HPV.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3313589 - JANAINA CRISTIANA DE OLIVEIRA CRISPIM FREITAS
Interno - 1639820 - ARNOBIO ANTONIO DA SILVA JUNIOR
Externo ao Programa - 1804884 - VIVIAN NOGUEIRA SILBIGER
Externo à Instituição - EDUARDO ANTÔNIO DONADI - USP
Externo à Instituição - NORMA LUCENA SILVA - Fiocruz - PE
Notícia cadastrada em: 10/09/2018 14:53
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