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MARIANA ANGÉLICA OLIVEIRA BETTENCOURT
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AVALIAÇÃO ANTI-INFLAMATÓRIA E ANTIPEÇONHENTA DAS ESPÉCIES Hancornia speciosa e Mimosa tenuiflora EM MODELOS EXPERIMENTAIS DE INFLAMAÇÃO E ENVENENAMENTO INDUZIDOS POR Bothrops jararaca E Tityus serrulatus
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Advisor : MATHEUS DE FREITAS FERNANDES PEDROSA
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COMMITTEE MEMBERS :
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DENISE VILARINHO TAMBOURGI
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ELAINE CRISTINA GAVIOLI
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JANAINA CRISTIANA DE OLIVEIRA CRISPIM FREITAS
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MATHEUS DE FREITAS FERNANDES PEDROSA
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WILMAR DIAS DA SILVA
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Data: Mar 20, 2015
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Show Abstract
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Os acidentes ocasionados por animais peçonhentos, pela frequência com que ocorrem e pela mortalidade que ocasionam, representam um sério problema de saúde pública em diversas regiões do Brasil, bem como em outros países do mundo. O uso de extratos de plantas medicinais como antídoto para casos de envenenamento é uma antiga prática utilizada, ainda hoje, em muitas comunidades que não têm acesso à soroterapia. As plantas medicinais representam uma importante fonte de obtenção de compostos bioativos capazes de auxiliar diretamente no tratamento do envenenamento ou indiretamente, suplementando a soroterapia utilizada atualmente. O objetivo deste trabalho é avaliar o efeito dos extratos aquosos, frações e compostos isolados das espécies Mimosa. Tenuiflora (jurema preta) e Harconia speciosa (mangaba) no processo inflamatório induzido por carragenina e as peçonhas de Bothrops jararaca e Tityus. serrulatus. Os resultados demonstraram que tanto os extratos de M. tenuiflora quanto de H. speciosa foram capazes de inibir a migração celular e a produção de citocinas no modelo de peritonite induzido por carragenina e peçonha de T. serrulatus. No modelo de envenenamento por B. jararaca, os camundongos tratados com os extratos das plantas em estudo reduziram o influxo leucocitário para a cavidade peritoneal. Por último, os extratos das plantas M. tenuiflora e H. speciosa apresentaram atividade antiflogística, reduzindo a formação do edema exercendo também uma ação inibitória da migração de leucócitos e dano tecidual na inflamação local induzida pela peçonha de B. jararaca. Além disso, foi desenvolvida a análise fitoquímica de ambos os extratos aquosos obtidos. Nessa abordagem,foi possível identificar, por meio de Cromatografia em Camada Delgada (CCD), a presença de flavonóides e saponinas ou terpenos no extrato aquoso da espécie vegetal M. tenuiflora. Paralelamente, por meio da análise por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE), foi possível identificar a presença de rutina e ácido clorogênico no extrato aquoso da planta H. speciosa. A partir dos resultados apresentados, pode-se concluir então, que a administração dos extratos, frações e compostos isolados de M. tenuiflora e H. speciosa resultou na inibição do processo inflamatório em diversos modelos experimentais. Este estudo demonstra, pela primeira vez, o efeito das plantas M. tenuiflora e H. speciosa na inibição da inflamação causada pelas peçonhas de B. jararaca e T. serrulatus.
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FÁTIMA DUARTE FREIRE
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OBTENÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS PARTICULADOS DE QUITOSANA PARA LIBERAÇÃO GÁSTRICA DE AMOXICILINA
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Advisor : FERNANDA NERVO RAFFIN
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COMMITTEE MEMBERS :
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FERNANDA NERVO RAFFIN
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IRINALDO DINIZ BASILIO JUNIOR
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JOSE LUIS CARDOZO FONSECA
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RAQUEL DE MELO BARBOSA
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ROGÉRIA NUNES DE SOUZA
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Data: Mar 30, 2015
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Show Abstract
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A infecção causada pelo Helicobacter pylori tem sido associado a várias doenças gástricas, inclusive o câncer gástrico. Esta bactéria coloniza a mucosa gástrica de metade da população do mundo, e os tratamentos disponíveis são mal sucedidos em praticamente um em cada cinco pacientes. Polímeros mucoadesivos, tais como quitosana, são usados como sistemas de liberação gástricos para uma melhor liberação do fármaco nos locais de atuação. Neste trabalho, partículas de quitosana contendo amoxicilina foram obtidas pelo método de coacervação/precipitação visando uma liberação controlada do fármaco no ambiente do estômago, no intuito de melhorar a eficácia terapêutica da amoxicilina no tratamento do Helicobacter pylori. A incorporação da amoxicilina foi feita utilizando duas técnicas diferentes: durante a formação das partículas e por adsorção das partículas formadas .As partículas foram caracterizadas quanto ao tamanho médio, potencial zeta, DSC, FTIR, eficiência de encapsulação e liberação in vitro em HCl 0,1N. As partículas apresentaram uma eficiência de encapsulação de 83%, tamanho médio de partícula nanométrica e potencial zeta positivo (20 mV). A amoxicilina encapsulada nas micropartículas teve liberação in vitro de apenas 40 % em 120 minutos.
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IRIS UCELLA DE MEDEIROS
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Sinalização endógena do sistema Nociceptina/Orfanina FQ - receptor NOP: envolvimento na modulação da depressão experimental induzida por lipopolissacarídeo
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Advisor : ELAINE CRISTINA GAVIOLI
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COMMITTEE MEMBERS :
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ALIANDA MAIRA CORNELIO DA SILVA
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ELAINE CRISTINA GAVIOLI
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MARCELO DUZZIONI
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MATHEUS DE FREITAS FERNANDES PEDROSA
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PEDRO ROOSEVELT TORRES ROMÃO
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Data: Aug 14, 2015
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Show Abstract
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Durante as últimas décadas têm sido demonstrado que existe uma relação entre a depressão maior e a ativação do sistema imunológico. Nociceptina/orfanina FQ (N/OFQ) é o ligante natural do receptor acoplado à proteína Gi chamado NOP, ambos constituem um sistema peptídico que está envolvido na regulação do humor e de respostas inflamatórias. Considerando essas ações, a presente tese teve como objetivo investigar as consequências do bloqueio da sinalização do receptor NOP nos comportamentos doentio e do tipo depressivo induzidos pela administração de lipopolissacarídeo (LPS) em camundongos. A administração sistêmica de doses de LPS, que não causam sepse, induzem alterações nos comportamentos de camundongos relacionadas com a atividade das citocinas pró-inflamatórias fator de necrose tumoral-α (TNF-α) e interleucinas 6 (IL-6) e 1β (IL- 1 β). Após 2 a 6 h e 24 h da injeção intraperitoneal, camundongos tratados com LPS apresentam, respectivamente, o comportamento doentio e o comportamento do tipo depressivo. No presente trabalho, a administração de LPS (0,8 mg/kg, ip) induziu sinais de doença em camundongos Swiss e CD-1, como perda de peso, redução transitória da temperatura retal e diminuição da ingestão de ração e água. Além disso, nas 24 h após a injeção de LPS, essas mesmas linhagens de camundongos mostraram aumento no tempo de imobilidade durante os 6 min que foram submetidos ao teste de suspensão pela cauda (TSC). O tratamento com nortriptilina (30 mg/kg, ip, 60 minutos antes do TSC) reduziu o tempo de imobilidade dos camundongos controle e tratados com LPS, e foi utilizado como antidepressivo padrão. A administração prévia ao LPS do antagonista do receptor NOP SB-612111 (10 mg/kg, ip), não alterou os comportamento doentio e do tipo depressivo induzidos pelatoxina. No entanto, quando injetado 24 h após o tratamento com LPS, SB-612111 (ip, 30 minutos antes do TSC), como também o antagonista peptídico do receptor NOP UFP-101 (10 nmol/2ul, icv, 5 min antes do TSC), inverteram significativamente os efeitos da toxina. O protocolo de indução do comportamento do tipo depressivo pela administração intraperitoneal de LPS também foi testado em camundongos nocautes para o receptor NOP (NOP(-/-)) e seus respectivos wild types (NOP(+/+)). O tratamento com LPS provocou alterações significativas, como a redução temporária da temperatura retal nos camundongos NOP(-/-) e perda de peso corporal e redução no consumo de ração e água em ambos os camundongos NOP(+/+) e NOP(-/-). O consumo de água foi significativamente diferente entre os genótipos. A injeção de LPS induziu alterações transitórias nas citocinas pró-inflamatórias. Nas 6 horas após o tratamento com LPS, os níveis séricos de TNF-α mostraram-se aumentados significativamente nos camundongos NOP (+/+) e NOP (-/-), já os níveis de IL-6 mostraram-se significativamente aumentados apenas no soro dos camundongos NOP (+/+). Nas 24 horas após a injeção de LPS, os níveis séricos das citocinas pró-inflamatórias retornaram à linha de base. O tratamento com LPS provocou efeitos de tipo depressivo nos camundongos NOP (+/+), mas foi ineficaz nos camundongos NOP (-/-). Os dados obtidos nesta tese mostram que o bloqueio farmacológico e genético da sinalização mediada pelo receptor NOP não previne os comportamentos doentio e do tipo depressivo induzidos por LPS, no entanto revertem o comportamento do tipo depressivo. Em conclusão, esses resultados evidenciam o envolvimento do sistema peptídico N/OFQ - receptor NOP na modulação dos comportamentos relacionados ao humor e à ativação do sistema imunológico.
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CAROLINA FONSECA MINNICELLI
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AVALIAÇÃO DE POLIMORFISMOS EM GENES RELACIONADOS À RESPOSTA IMUNE NO MIELOMA MÚLTIPLO
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Advisor : TELMA MARIA ARAUJO MOURA LEMOS
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COMMITTEE MEMBERS :
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CARLOS EDUARDO MAIA GOMES
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JANEUSA TRINDADE DE SOUTO
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MARIA TEREZA CARTAXO MUNIZ
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MOACYR JESUS BARRETO DE MELO RÊGO
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TELMA MARIA ARAUJO MOURA LEMOS
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Data: Sep 3, 2015
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Show Abstract
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Avaliação de polimorfismos em genes relacionados à resposta imune no mieloma múltiplo.
Introdução: O Mieloma Múltiplo (MM) é uma neoplasia de células plasmáticas caracterizada por anemia, dores ósseas e infecções recorrentes. Os polimorfismos de genes do sistema imune envolvidos em vias relacionadas à proliferação, sobrevivência e imunoescape dos tumores têm atraído considerável interesse como potenciais alvos clínico-terapêuticos. Objetivo: Investigar o papel dos polimorfismos nos genes da lectina ligadora de manose (MBL2), receptor tipo toll (TLR)-4, fator de transformação e crescimento tumoral (TGF)-β, interleucina-1α (IL1α) e o antagonista do receptor de IL-1 (IL1RN), IL6, IL10, IL17, antígeno 4 associado a células T citotóxicas (CTLA4) e do gene supressor de tumor tp53 na apresentação clínica e resposta terapêutica de pacientes com MM. Metódos: Foi conduzido um estudo descritivo em um grupo 65 casos de MM de Natal-RN e um estudo retrospectivo observacional e longitudinal em um subgrupo de 47 pacientes analisados quanto aos polimorfismos genéticos. Os polimorfismos de base única (SNPs) CTLA4 [rs231775 (+49A/G) e rs3087243 (CT60)], IL10 [rs1800896 (-1082A/G) e rs1800872 (-592C/A)] e IL1α [rs1800587 (-889G/A)] foram genotipados pelo método TaqMan. Regiões promotoras e exons foram sequenciados nos genes IL17A, TGFβ, TP53 e TLR4. A variação no número de repetições in tandem (VNTR) de 86-pb no íntron 2 do gene IL1RN foi avaliada por PCR convencional e o polimorfismo -174C/G da IL6 por PCR alelo-específica (AS-PCR). As associações com parâmetros clínicos e resposta terapêutica foram avaliadas por testes de χ² e Fisher. A análise da sobrevida global (SG) e livre de progressão (SLP) foi realizada pelo método de log-rank e a curva Kaplan-Meier. Resultados: A mediana de idade do grupo total foi de 64a (M/F = 0.6). Foram associados com o comprometimento renal o haplótipo IL10 ATA (p=0,024) e os genótipos TGFβ +29TT (p=0,02) e IL17A -444AA (p=0,042); com doença óssea em mais de três sítios e presença de plamocitoma, o genótipo IL1RN A1/A1 (p=0,028 e 0,044); com a maior incidência de infecções, os genótipos IL1RN A1A1/A1A2 (p=0,035) e IL1α -889AA/AG (p=0,005); e com a maior gravidade da infecção, o genótipo IL17A -444AA (p=0,018). Piores respostas terapêuticas foram atingidas pelos pacientes portadores do haplótipo IL10 ATA (p=0,034). A SG foi positivamente impactada pelo genótipo IL17A -197GG (p=0,006). As mulheres obtiveram o dobro do tempo de sobrevida em relação aos homens (p=0,002). A SLP foi pior nos portadores dos genótipos IL1α -889AA (p=0,017), TGFβ +29TT (p=0,005) e pacientes com doença óssea em mais de três sítios (p=0,033). TGFβ (+29C/T) manteve o impacto prognóstico na regressão de COX (p=0,016). Os polimorfismos de TLR4, MBL2, CTLA4, TP53 e IL6 não mostraram impacto nas características clínicas avaliadas. Conclusão: Polimorfismos genéticos de citocinas inflamatórias foram relacionados ao comprometimento renal, doença óssea, incidência e gravidade das infecções. A sobrevida inferior foi influenciada por um backgroud genético que parece predispor os pacientes a produzirem mais IL1-α, TGF-β e IL-17. A replicação destes resultados em estudos com maior número de casos se faz necessária a fim de se validar os principais achados.
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DÉCIO DUTRA JUNQUEIRA AYRES
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Efeitos da administração aguda e crônica de topiramato sobre as respostas comportamentais de ratos naive e abstinentes ao etanol
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Advisor : ELAINE CRISTINA GAVIOLI
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COMMITTEE MEMBERS :
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ELAINE CRISTINA GAVIOLI
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JEFERSON DE SOUZA CAVALCANTE
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PEDRO ROOSEVELT TORRES ROMÃO
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TEMILCE SIMÕES DE ASSIS CANTALICE
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VANESSA DE PAULA SOARES RACHETTI
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Data: Sep 4, 2015
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Show Abstract
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O topiramato é um agente antiepiléptico que tem se mostrado promissor no tratamento da enxaqueca, controle da obesidade e em diversos transtornos psiquiátricos, incluindo o transtorno bipolar. Estudos clínicos apontam o uso do topiramato para alívio da impulsividade comportamental associada ao consumo abusivo, fissura e sintomas psíquicos decorrentes da retirada do etanol. Considerando o perfil farmacocinético, farmacodinâmico e a alta tolerabilidade do topiramato na clínica comparada aos ansiolíticos e antidepressivos disponíveis, é de grande interesse investigar o potencial ansiolítico e antidepressivo deste fármaco em ratos naive e abstinentes ao etanol. No presente estudo foi investigado se o tratamento agudo e crônico com topiramato altera comportamentos relacionados à ansiedade, à depressão, e os decorrentes da retirada do etanol após consumo crônico forçado. Ratos Wistar adultos machos foram tratados com topiramato (10 e 40 mg/Kg/mL) ou salina, por gavagem, 60 minutos antes dos testes do labirinto em cruz elevado (LCE) e campo aberto (CA) e natação forçada (TNF). Observou-se que tanto a administração aguda quanto a administração crônica do topiramato (40 mg/Kg/mL) promoveu ação ansiolítica em animais naive e ação antidepressiva, após tratamento agudo, sem alteração da atividade locomotora. Em outra série experimental, ratos foram submetidos a concentrações crescentes de etanol (2%, 4% e 6%) durante 21 dias, como única fonte de dieta líquida, enquanto que o grupo controle recebeu água ad libitum. Após a exposição crônica, o etanol foi substituído por água, e os animais foram avaliados no LCE, CA, rota-rod, reconhecimento de objetos e TNF. Os ratos expostos cronicamente ao etanol exibiram comportamento ansiogênico, 72 h após a retirada da droga. Além disso, déficits de memória e comportamento do tipo depressivo, sem alteração na atividade locomotora e coordenação motora, foram observados em ratos abstinentes em longo prazo. Em uma terceira etapa deste trabalho, foi avaliado o efeito da administração aguda e crônica de topiramato (40 mg/Kg/mL) no LCE, CA e NF em ratos abstinentes (a curto e longo prazo) ou não abstinentes a exposição forçada com etanol por 21 dias. A administração aguda e crônica com topiramato (40 mg/Kg/mL) reverteu o comportamento ansiogênico de ratos abstinentes em curto e longo prazo, sem afetar a locomoção. No entanto, a administração crônica de topiramato não contrabalanceou o comportamento do tipo depressivo de ratos abstinentes ao etanol. O topiramato induziu um efeito ansiolítico após a administração aguda e crônica em ratos naive e abstinentes ao etanol. Também foi visto que, a administração aguda do topiramato provoca efeitos antidepressivos em ratos naive, porém este efeito se dissipa após tratamento crônico. Além disso, o topiramato não foi bem sucedido em aliviar o comportamento tipo depressivo em ratos abstinência. Contudo, topiramato parece ser uma opção terapêutica interessante para o tratamento da ansiedade, inclusive aquela provocada pela retirada do etanol.
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GABRIEL ARAÚJO DA SILVA
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Avaliação de atividades farmacológicas e toxicidade de plantas medicinais do semiárido do nordeste brasileiro
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Advisor : MARIA DAS GRACAS ALMEIDA THORNTON
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COMMITTEE MEMBERS :
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MARIA APARECIDA MEDEIROS MACIEL
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MARIA DAS GRACAS ALMEIDA THORNTON
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SILVANA MARIA ZUCOLOTTO LANGASSNER
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THIAGO ANTÔNIO DE SOUSA ARAÚJO
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TULIO FLAVIO ACCIOLY DE LIMA E MOURA
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Data: Nov 12, 2015
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Show Abstract
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Este estudo conjuga uma abordagem etnofarmacológica no âmbito do uso tradicional das espécies como triagem, em associação a aspectos filogenéticos, considerando que há comprovações científicas quanto à composição química e atividades farmacológicas em outras espécies dentro dos mesmos gêneros. Isto está associado a avaliações das atividades antioxidante e hepatoprotetora já realizado em estudos prévios do grupo de pesquisa usando o extrato bruto do Spondias mombin×S. tuberosa e Turnera ulmifolia Linn. var. elegans, que indicaram um efeito terapêutico positivo, além da da importância de uma avaliação toxicológica, outras atividades farmacológicas e a elucidação dos compostos majoritários presentes nos extratos brutos e frações de Licania tomentosa Benth. Fritsch, C. impressa Prance, L. rigida Benth., S. mombim×S. tuberosa e T. ulmifolia Linn. var. elegans. Assim, os extratos das folhas e suas frações referentes às espécies supracitadas foram caracterizados quanto a composição química, atividades farmacológicas através de ensaios in vitro e ex vivo, além da avaliação in vivo de sua toxicidade. A composição química dos extratos brutos e suas frações foram avaliadas por um método cromatográfico validado e por técnicas espectrofotométricas, que possibilitam a identificação e/ou caracterização de compostos majoritários. Esta análise indicou que os extratos e suas frações são uma fonte de compostos fenólicos, principalmente flavonóis e seus glicosídeos, tais como flavonóis-3-O-glicosilados. Em relação à atividade antioxidante, apenas o extrato metanólico das folhas de S. mombim×S. tuberosa e a FRF apresentaram uma acentuada capacidade de sequestro do radical livre DPPH•, enquanto que FRP foi único capaz de proteger a integridade celular dos eritrócitos ao prevenir a hemólise, inibindo a lipoperoxidação lípica e mantendo os níveis de GSH. Os outros extratos induziram hemólise. Este efeito antioxidante está associado à composição química presente em todos os extratos e frações. A avaliação da atividade antimicrobiana só apresentou um moderado efeito bactericida com o extrato de S. mombim×S. tuberosa e a FRF. A avaliação toxicologica de todos os extratos em modelo murino, utilizando-se a dose única do extrato na concentração de 2000 mg/kg, não mostrou qualquer efeito tóxico. Portanto, os resultados aqui descritos promovem um conhecimento científico complementar, viabilizando o uso das folhas dessas espécies vegetais como recurso terapêutico, permitir o aproveitamento racional das mesmas, e um controle do extrativismo indiscriminado devido a usos medicinais não validados cientificamente, cá no Nordeste do Brasil e no mundo.
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SAID GONÇALVES DA CRUZ FONSECA
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Advisor : FERNANDA NERVO RAFFIN
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COMMITTEE MEMBERS :
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FERNANDA NERVO RAFFIN
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HELENA LUTESCIA LUNA COELHO
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MIRIAN PARENTE MONTEIRO
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EDY SOUSA DE BRITO
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HUMBERTO GOMES FERRAZ
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LUIS CARLOS REY
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Data: Dec 7, 2015
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Show Abstract
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The availability of pediatric formulation for treating tuberculosis is a reality for the countries of Asia and Africa, but not in other countries that have considerable incidence of this disease. Considering the situation of the global need for medicines for pediatric use and specifically for this type of product for the treatment of tuberculosis, whose drugs association represents a major challenge, this study aimed to develop oral formulations containing rifampicin, isoniazid and pyrazinamide in fixed-dose combination for pediatric use. It began with the physico-chemical characterization of active ingredients (identification by IR, UV and HPLC, determination of content by HPLC and UV, bulk density and angle of repose). It then carried the evaluation of thermal compatibility of active ingredients with different excipients (DSC and TG); the vehicle development for use as a carrier of oral drugs in children with minimal components, at low concentrations, selecting them from the inputs considered safe for children (evaluating viscosity, pH, palatability, physical and microbiological stability). It was developed and validated spectrophotometric analytical methodology for use in the assay and dissolution profile of three drugs in the developed products, in addition to pre-formulation studies by apparent density and angle of repose of the individual drugs and their mixtures with aerosil, granulation with different polymers and their effect on the release of rifampicin, rifampicin stability in function of pH, coating and microencapsulation of rifampicin with chitosan, and finally the development of solid oral formulations in the form of powder for reconstitution and dispersible tablet containing a fixed-dose combination of rifampicin, isoniazid and pyrazinamide. We evaluated the viscosity, pH, content of drug and stability of the reconstituted preparations, as well as average weight, hardness, disintegration time, dissolution profile and friability of the tablets. The Ozawa method was used for DSC studies kinetic to estimate the frequency factor, the activation energy and the order of reactions that lead to degradation of solid dosage forms. The two solid dosage forms when dispersed in water, resulting in pseudo-plastic suspension easy to be handled, measured and administered, and can be used for up to 12 hours after reconstitution.
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ADRIANA SOEIRO DE FARIAS SILVA JUNQUEIRA AYRES
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Avaliação de duas variedades de Passiflora edulis sobre as respostas comportamentais de camundongos e um possível mecanismo de ação
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Advisor : ELAINE CRISTINA GAVIOLI
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COMMITTEE MEMBERS :
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ALDAIR JOSÉ SARMENTO SILVA
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ELAINE CRISTINA GAVIOLI
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FLAVIO FREITAS BARBOSA
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SILVANA MARIA ZUCOLOTTO LANGASSNER
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VANESSA DE PAULA SOARES RACHETTI
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Data: Dec 11, 2015
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Show Abstract
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As plantas medicinais constituem uma rica fonte de compostos biologicamente ativos com seu potencial terapêutico para o tratamento de diversos transtornos psiquiátricos, como os transtornos de ansiedade e depressão. O transtorno de ansiedade generalizada tem aumentado de forma significativa, sendo o segundo transtorno mais prevalente em locais de assistência à saúde pública. A depressão é considerada um transtorno psiquiátrico crônico e comum que afeta 350 milhões de indivíduos de todas as idades ao redor do mundo. Neste contexto as condutas de intervenção farmacológica que vêm sendo empregadas, embora eficazes, deixam a desejar, quando observados seus efeitos adversos. A Passiflora é uma variedade comumente conhecida comercialmente, mas também é usada na medicina tradicional brasileira. A Passiflora edulis exibe considerável variabilidade morfológica. Esta planta produz dois tipos de fruto: o roxo (P. edulis var. edulis) e o amarelo (P. edulis var. flavicarpa). O presente estudo investigou os efeitos centrais do extrato aquoso das folhas de duas variedades da espécie Passiflora edulis em testes comportamentais utilizados para avaliar comportamentos relacionados à ansiedade e depressão, bem como investigou o potencial efeito do tipo antidepressivo das subfrações da Passiflora edulis var. edulis e os mecanismos neurofarmacológicos responsáveis por essa ação. Para a realização desse estudo foram utilizados camundongos Swiss machos (2 meses de idade, pesando 30-35 g). Os animais receberam o extrato aquoso das folhas das duas espécies de Passiflora: Passiflora edulis Sims var. edulis (PEE - 100, 300, 1000 mg/Kg) e subfrações AcOet, BuOH e residual (25, 50, 75, 100 mg/Kg), e a P. edulis var. flavicarpa (PEF - 30, 100, 300, 1000 mg/Kg) ou solução salina, por gavagem, 60 minutos antes dos testes do labirinto em cruz elevado (LCE), teste de campo aberto (TCA), teste de natação forçada (TNF) e teste de sedação induzido por tiopental. Para investigar o mecanismo de ação da atividade do tipo antidepressiva das subfrações foram utilizadas as seguintes drogas: PCPA (inibidor da síntese de 5-HT), AMPT (inibidor da síntese de catecolaminas), DSP-4 (neurotoxina noradrenérgica) e Sulpiride (antagonista seletivo de receptor dopaminérgico D2). Foram utilizados como controle positivo padrão, a fluoxetina e a nortriptilina. Os resultados do perfil fitoquímico demonstram características bem distintas para o extrato aquoso das variedades de P. edulis “flavicarpa” e “edulis”. Os extratos aquosos de ambas as variedades de P. edulis compartilham atividade do tipo ansiolítica (PEE 300 mg/Kg; PEF 300 e 1000 mg/Kg) e antidepressiva (PEE 300 mg/Kg; PEF 1000 mg/Kg), enquanto o efeito hipolocomotor/sedativo só foi visto para a PEE (1000 mg/Kg). Ambas subfrações AcOet e BuOH do extrato aquoso da PEE apresentaram atividade do tipo antidepressiva na dose de 50 mg/Kg no TNF. Os dados sugerem que o efeito do tipo antidepressivo das subfrações da P. edulis envolve a neurotransmissão serotoninérgica e catecolaminérgica, principalmente dopaminérgica, haja visto que o pré-tratamento com DSP-4 não afetou a ação antidepressiva das subfrações, enquanto que mostrou ser dependente da ativação de receptores dopaminérgicos D2.
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NAYARA PEREIRA SOARES
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Avaliação da genotoxicidade em mulheres com síndrome dos ovários policísticos: impacto da dieta
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Advisor : TELMA MARIA ARAUJO MOURA LEMOS
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COMMITTEE MEMBERS :
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ADRIANA AUGUSTO DE REZENDE
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CICERO FLAVIO SOARES ARAGAO
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EDUARDO CALDAS COSTA
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EDUARDO PEREIRA DE AZEVEDO
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SORAIA PINHEIRO MACHADO ARRUDA
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Data: Dec 11, 2015
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Show Abstract
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Avaliação da genotoxicidade em mulheres com Síndrome dos Ovários Policísticos:
Impacto da dieta
Introdução: Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), presente em 6-12% das mulheres em idade reprodutiva, é caracterizada pelo hiperandrogenismo, resistência à insulina (RI) e por seu estado inflamatório, fatores exacerbados pela obesidade e associados com o aumento no dano de DNA. A perda de peso, aliada à alimentação saudável, atua restabelecendo as funções reprodutivas e metabólicas na SOP, entretanto sua influencia na redução do dano de DNA, na SOP, são desconhecidos. Objetivos: investigar se existem diferenças entre os marcadores de dano de DNA em mulheres com SOP e controle, e avaliar a efetividade da intervenção nutricional nos marcadores de dano de DNA e nos marcadores de risco cardiometabólicos em mulheres sobrepeso e obesas com SOP. Metodologia: as participantes tinham faixa etária entre 18 e 35 anos. No primeiro estudo, caso-controle prospectivo, foram incluídas 27 mulheres com diagnóstico de SOP e 20 controles. O segundo estudo foi um ensaio clínico de intervenção nutricional com duração de 12 semanas com dieta de restrição calórica de 500Kcal/dia. A genotoxicidade, dano de DNA (tail intensity, tail moment e tail length), foi avaliada pelo teste do cometa. Dados antropométricos, de consumo alimentar, hormonais, bioquímicos e inflamatórios foram avaliados nos distintos estudos. Resultados: não houve diferença significativa entre o marcador de dano de DNA tail intensity na SOP (24± 6,32% vs 21,7± 5,22% ) (p= 0,18) quando comparado ao grupo controle, assim como nos marcadores de tail moment (p= 0,76) e tail length ( p=0,109). Dados após intervenção nutricional, em mulheres SOP com sobrepeso e obesidade exibiram uma diminuição dos marcadores de danos de DNA: tail intensity (24,35 ± 5,86 – pré-dieta vs. 17,15 ± 5,04 -pos-dieta) e tail moment (20,47 ± 7,85 – pré-dieta vs. 14,13 ± 6,29 -pós-dieta) (p <0,001). Redução da ingestão de calorias, perda de peso (3,5%), diminuição do hormônio sexual e marcadores cardiometabólicos, tais como insulina, HOMA-IR e colesterol LDL foram também reduzidos. Conclusão: mulheres com SOP não apresentam aumento na genotoxicidade identificadas pelos danos de DNA, quando comparadas a mulheres sem SOP. A intervenção nutricional reduziu a genotoxicidade de mulheres sobrepeso e obesas com SOP, além de reduzir os fatores de riscos cardiometabólicos.
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