Da pena à espada: Xenofonte e a representação de Esparta em A Constituição dos Lacedemõnios.
ATUALIZAR
Pretende-se analisar como Xenofonte, através de suas próprias visões e práticas sociais, constrói a imagem dos espartanos e seu regime políade, tendo como pano de fundo a questão da identidade e alteridade entre os gregos durante o intervalo cronológico que se segue do final do século V ao início do século IV antes da era cristã, período de grande turbulência política nas cidades-estado helênicas. Para tanto, lançaremos mão dos escritos em A República dos Lacedemônios e Anabásis, a fim de apontar três elementos que entendemos essenciais para a compreensão da narrativa de Xenofonte: a idéia de Cidade, o que é a Pólis para Xenofonte e como ele a define enquanto comunidade de Cidadãos; quem fora Xenofonte e de que maneias seu estilo narrativo é influenciado por suas vivências e experiências; e por fim, estabelecer através de que ferramentas Xenofonte aponta critérios de auto-definição, e exclusão entre os gregos antigos.