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Disertaciones |
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KATIANE MARTINS BARBOSA DA SILVA
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Os usos e funções do ensino de História a partir da disciplina “Cultura do RN”.
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Líder : FRANCISCO DAS CHAGAS FERNANDES SANTIAGO JUNIOR
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MIEMBROS DE LA BANCA :
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FRANCISCO DAS CHAGAS FERNANDES SANTIAGO JUNIOR
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ITAMAR FREITAS DE OLIVEIRA
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MARGARIDA MARIA DIAS DE OLIVEIRA
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Data: 09-abr-2015
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Resumen Espectáculo
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Quais os usos e funções do ensino de História na vida dos sujeitos? A partir disso, como os currículos escolares estão sendo pensados? Quais os elementos simbólicos e disputas que estão envolvidas nesse processo? Partindo desses questionamentos, a presente pesquisa busca problematizar os usos e funções do ensino de História em relação à construção ou definição de uma identidade norte-rio-grandense. Para tanto, utilizaremos a disciplina “Cultura do RN” percebendo-a enquanto uma política de estado que objetiva levar ao conhecimento dos agentes escolares expressões culturais que estão ligadas a uma identidade potiguar. Desse modo, investigaremos as narrativas que foram selecionadas, organizadas e produzidas diante do processo de institucionalização da disciplina no ano de 2007 e que modificou a Estrutura Curricular do Ensino Fundamental das escolas públicas estaduais do Rio Grande do Norte.
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JOÃO GILBERTO NEVES SARAIVA
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TODO NORDESTE QUE COUBER A GENTE PUBLICA: O THE NEW YORK TIMES E O NORDESTE BRASILEIRO NA ERA DA POLÍTICA DE BOA VIZINHANÇA (1933-1945)
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Líder : HENRIQUE ALONSO DE ALBUQUERQUE RODRIGUES PEREIRA
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MIEMBROS DE LA BANCA :
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CECILIA DA SILVA AZEVEDO
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FRANCISCO DAS CHAGAS FERNANDES SANTIAGO JUNIOR
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HENRIQUE ALONSO DE ALBUQUERQUE RODRIGUES PEREIRA
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Data: 10-abr-2015
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Resumen Espectáculo
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O Nordeste brasileiro foi um tema constante para os jornalistas de um dos principais veículos de imprensa do mundo – oThe New York Times – entre 1933 e 1945. Nesse recorte, o governo dos Estados Unidos implementou uma nova política externa para a América Latina – conhecida como Política de Boa Vizinhança. Ela pregava, entre outros pontos, mais respeito e atenção para os países ao sul das suas fronteiras. Dada sua importância geoestratégica, o Brasil foi um dos países que mais recebeu atenção do corpo burocrático e imprensa estadunidense. Esta pesquisa investiga as múltiplas representações do Nordeste formuladas nas páginas do diário nova-iorquino nesse momento em que os holofotes estadunidenses estiveram sobre a região. Este trabalho delineia aproximações e distanciamentos entre o NYT, a imprensa e os governos dos Estados Unidos e do Brasil a partir das formas de se conceber essa parte específica do seu território brasileiro. Por meio da análise de textos, fotografias e mapas, essa dissertação se dedica a estabelecer conexões entre espaços, jornais e política dos anos 1930 e 1940. Nessas décadas houveram relevantes transformações no cenário político de ambos os países que permearam as notícias, reportagens e artigos do jornal. Conjunturas como as insurreições armadas de 1935 – conhecidas como Intentona Comunista -, a instalação e funcionamento do Estado Novo, e especialmente, a participação brasileira e norte-americana na Segunda Guerra e as negociações bilaterais em torno da instalação de bases estadunidenses no Brasil foram cardeais para as distintas imagens do Nordeste que circularam na publicação. A região foi reiteradamente tema do correspondente do diário nova-iorquino no Brasil, Frank M. Garcia, mas também esteve presente nas matérias de profissionais responsáveis por seções variadas: resenha de livros, editorial, turismo, assuntos exteriores, etc. Ao longo do recorte temporal investigado, as visões da região formuladas nas matérias publicadas no jornal sofreram metamorfoses profundas que também foram identificadas e analisadas. Do Nordeste da estiagem, fome e morte recorrente na literatura brasileira de então a ponto mais perigoso para a defesa hemisférica, passando com representações do Oeste norte-americano sem lei do século XIX e as da América Latina demarcada pelo domínio da natureza exótica e da estagnação, um espaço para ser transformado pelo conhecimento técnico norte-americano.
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FRANCISCA DAS CHAGAS MARILEIDE MATIAS DA SILVA
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O Processo de Formação Territorial de Angicos (1760-1836)
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Líder : MUIRAKYTAN KENNEDY DE MACEDO
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MIEMBROS DE LA BANCA :
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FATIMA MARTINS LOPES
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LEMUEL RODRIGUES DA SILVA
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MUIRAKYTAN KENNEDY DE MACEDO
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Data: 21-jul-2015
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Resumen Espectáculo
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Esta pesquisa tem como finalidade discutir as transformações ocorridas no processo de formação territorial de Angicos/RN, desde sua ocupação colonial registrada na segunda metade do século XVII, até a criação da Vila, na primeira metade do século XIX.Em seu texto, enfocam-se especialmente as relações existentes entre a produção dos espaços e a disputa pelo poder político. Para entender essas relações, foram utilizadas as seguintes fontes: Jornal A República, Relatório dos Presidentes de Província, Decreto Provincial que cria a Vila dos Angicos e a Paróquia de São José, Código de Posturas da Câmara de Angicos, documentos do acervo do Projeto Resgate de Documentação Histórica Barão do Rio Branco e cartas de sesmarias, encontradas na Plataforma SILB (Sesmarias do Império Luso Brasileiro). Como metodologia, elaborou-se a compreensão da questão espacial associada ao contexto social e político colonial/imperial, através da análise das fontes documentais e bibliográficas, de forma a problematizar a formação territorial angicana à luz do conjunto historiográfico sobre o tema desenvolvido. Nas considerações apresentadas, foram tomados como base os conceitos de território, de Milton Santos;espaço, de Henri Lefevre e de lugar, de Cláudia Damasceno.
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AVOHANNE ISABELLE COSTA DE ARAÚJO
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Curar, fiscalizar e sanear: as ações médico-sanitárias no espaço público da Cidade do Natal (1850-1889)
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Líder : MUIRAKYTAN KENNEDY DE MACEDO
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MIEMBROS DE LA BANCA :
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IRANILSON BURITI DE OLIVEIRA
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MUIRAKYTAN KENNEDY DE MACEDO
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RAIMUNDO NONATO ARAUJO DA ROCHA
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Data: 22-jul-2015
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Resumen Espectáculo
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Esta pesquisa tem como problemática compreender de que maneira os saberes e ações médico-sanitários moveram as transformações no espaço público da Cidade do Natal, no período de 1850 a 1889, especificamente na saúde pública. Para responder a este questionamento, faz-se necessário enfocar em três aspectos: no exercício médico e farmacêutico, na fiscalização dos gêneros alimentícios e no ordenamento urbano da Cidade do Natal. Neste sentido, foram utilizadas as seguintes fontes: Relatórios dos Presidentes de Província do Rio Grande do Norte, correspondência ativa dos Presidentes de Província do Rio Grande do Norte para a Câmara Municipal da Cidade do Natal; Atas das sessões da instituição camarária, Códigos de Posturas; documentos da Inspetoria da Saúde Pública, jornais (Correio Natalense, Liberdade e O Conservador) e as Legislações Imperiais (Constituição de 1824 e o Decreto da Junta Central de Higiene). Compondo a metodologia, para o tratamento e análise das fontes, foram utilizados: a leitura e transcrição paleográfica, classificação das temáticas encontradas na documentação, cruzamento das informações obtidas na documentação, a historicidade e condições de produção das fontes hemerográficas, produção de tabela e estudos comparativos relacionados a outras realidades provinciais do Império.
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DÉBORA QUÉZIA BRITO DA CUNHA CASTRO
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“DO PARAÍSO AO INFERNO: AS REPRESENTAÇÕES JESUÍTICAS DO NOVO MUNDO E DAS MULHERES TUPI NOS SÉCULOS XVI E XVII”
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Líder : FATIMA MARTINS LOPES
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MIEMBROS DE LA BANCA :
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EUNICIA BARROS BARCELOS FERNANDES
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FATIMA MARTINS LOPES
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SEBASTIAO LEAL FERREIRA VARGAS NETTO
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Data: 23-jul-2015
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Resumen Espectáculo
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As crônicas jesuíticas foram, por muito tempo, uma das principais fontes históricas sobre o período colonial. No entanto, a organização e a regra da Companhia de Jesus influenciaram na descrição que os seus membros fizeram do Novo Mundo. As visões e conceitos da Companhia foram transportados da Europa, adaptados ao ambiente colonial e, por vezes, modificados pelo contato que tiveram com os nativos, o que se refletiu em suas representações sobre o Novo Mundo e os nativos. Parte dos escritos jesuíticos foi dedicada às representações do Novo Mundo, que foi visto de início como Paraíso, depois como Inferno, Purgatório e, por fim, como Terra. As figuras femininas também receberam representações diferentes, que acompanharam as do Novo Mundo, pois os seus costumes influenciaram o modo como eram vistas e representadas nas epistolas jesuíticas, como também nos sermões do Pe. Antônio Vieira. Assim, as mulheres tupi ora foram representadas a partir da ideia de Eva, ora como demônios e ora como seguidoras de um ideal mariano. Mas essas mulheres também foram vistas como mulheres humanas e com uma forte influência sobre a sociedade colonial, assim, enquanto mulher terrena, a mulher tupi foi utilizada como instrumento de alianças e seu trabalho aproveitado pela Ordem jesuíta. Portanto, o objetivo da minha pesquisa foi compreender a organização e a regra que regiam a Companhia de Jesus, para então examinar o mundo colonial a partir das correspondências dos jesuítas e, assim, analisar as representações feitas por eles do Novo Mundo e da mulher Tupi entre os séculos XVI e XVII e como esse olhar se refletiu na proposta jesuítica para a colonização. Assim, quando os jesuítas utilizaram a mulher tupi na formulação de alianças, quando organizaram o tempo e o espaço para terem essas mulheres como ajudadoras na pregação do “evangelho”, eles trabalhavam para obterem o principal objetivo da Ordem: a “salvação das almas perdidas”. Em nossa pesquisa utilizamos Roger Chartier para compreendermos o conceito de representação que usamos para definir o olhar dos jesuítas sobre o Novo Mundo e as mulheres tupi; como também Laura de Souza e Mello para compreendermos o olhar demonizador europeu sobre os nativos.
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ALDENISE REGINA LIRA DA SILVA
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Da Casa de Detenção à Colônia Penal “Doutor João Chaves”: o processo deafastamento da prisão em relação ao espaço urbano da cidade de Natal (11940-1975)
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Líder : RAIMUNDO PEREIRA ALENCAR ARRAIS
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MIEMBROS DE LA BANCA :
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RAIMUNDO PEREIRA ALENCAR ARRAIS
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RAIMUNDO NONATO ARAUJO DA ROCHA
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MARCOS LUIZ BRETAS DA FONSECA
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Data: 18-ago-2015
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Resumen Espectáculo
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Em 1970, foi desativada a Casa de Detenção de Natal, localizada no bairro dePetrópolis, sendo substituída pela Colônia Penal “Doutor João Chaves”, situada em umambiente de características rurais, o distrito de Igapó. Porém, o processo que levou aesse afastamento da prisão em relação ao espaço urbano de Natal havia começado trêsdécadas antes. A fundação da Colônia Penal “Doutor João Chaves” no município deMacaíba, e posteriormente, sua transferência para Igapó, no município de Natal,envolvem questões políticas, sociais e relativas à legislação prisional, que agem sobre adefinição do lugar que a prisão deveria ocupar na cidade. Neste trabalho, pretendemosanalisar o fenômeno do afastamento da prisão em relação ao espaço urbano da cidade deNatal, entre 1940 e 1975. Buscaremos investigar as relações que se estabeleciam entre aprisão e a cidade de Natal, com base no modo como as prisões aqui estudadas sãoenunciadas nos jornais e pensadas por seus planejadores, o que sofre interferências,entre outros fatores, das diferentes identidades espaciais contidas no território da cidade.Mas também buscaremos perceber a maneira como os sujeitos ligados à prisão,sobretudo os presos, interagem com o espaço urbano. Abordaremos a prisão enquantoinstituição, marcada por apropriações e adaptações de modelos prisionais estrangeiros, e planejada por parte do Estado, cujas expectativas acerca da prisão envolvem relaçõespolíticas locais e nacionais, mas também envolvem um projeto de como deveria ser acidade. Contudo, também é uma tentativa de analisar o preso como sujeito em interaçãocom a sociedade intra e extramuros, através de suas formas de adaptação e resistênciaao encarceramento.
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ARLAN ELOI LEITE DA SILVA
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O JORNAL TRIBUNA DO NORTE E A PUBLICIDADE DO CRIME NA ESFERA PÚBLICA (1950-1970)
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Líder : HELDER DO NASCIMENTO VIANA
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MIEMBROS DE LA BANCA :
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HELDER DO NASCIMENTO VIANA
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RAIMUNDO NONATO ARAUJO DA ROCHA
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MARCOS LUIZ BRETAS DA FONSECA
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Data: 19-ago-2015
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Resumen Espectáculo
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O estudo problematiza, por um lado, a produção do jornal Tribuna do Norte como um elemento de intervenção na esfera pública do Rio Grande do Norte; por outro lado, a publicidade do crime em suas mudanças históricas. A discussão teórica reuniu Habermas (2003) e Thompson (2013), entre outros, os quais lançam ideias sobre a relação da imprensa com o espaço público. O recorte compreende de 1950, ano de fundação do periódico, a 1970, quando do início da vigência do AI-5. Esse período assinalou a consolidação do referido veículo de comunicação no contexto do populismo de Aluízio Alves, bem como sua articulação com as mudanças políticas antes e depois do golpe militar de 1964. A publicidade do crime é buscada como uma construção histórica, envolvendo procedimentos jornalísticos, sujeitos e espaços. A publicidade compreende questões comerciais e políticas quando determinados acontecimentos são transformados em um evento público. Nesse sentido, o foco desta pesquisa é a publicidade em sua dimensão política. A questão principal é analisar de que maneira o jornal se consolidou e publicou o crime pelas palavras impressas. Quanto à metodologia, trata-se de um estudo empírico, de ordem documental e de base qualitativa, com abordagem descritiva e interpretativista, conforme Luca (2008). O corpus de análise foi composto de notas, manchetes, notícias, reportagens, propagandas comerciais, textos imagéticos, entre outros gêneros. Os capítulos reúnem o estudo sobre as construções e transformações do jornalismo populista; a publicidade do crime em tempos democráticos; além de o golpe militar de 1964 e as transformações da publicidade do crime. Os resultados da análise revelam que a Tribuna do Norte, embora tenha adotado modelos mais liberais da imprensa norte-americana, permaneceu, durante esse recorte, contemporizando com padrões conservadores e autoritários dos velhos impressos potiguares. Quanto à prática política, apesar dos interesses mercadológicos diversos, foi elemento importante na trajetória desse jornalismo ambíguo, inclusive influenciando, de maneira significativa, as confecções da notícia de crime.
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LEONARDO SILVA DIAS
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VOY, DANCE AND PLAY: An organization of the Aero Club of Rio Grande do Norte and the city of Natal in the 1920s.
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Líder : RAIMUNDO NONATO ARAUJO DA ROCHA
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MIEMBROS DE LA BANCA :
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RAIMUNDO NONATO ARAUJO DA ROCHA
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DURVAL MUNIZ DE ALBUQUERQUE JUNIOR
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FRANCISCO FIRMINO SALES NETO
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Data: 24-ago-2015
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Resumen Espectáculo
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It is a work about a social, sport and avian institution: the Aero-Club of Rio Grande do Norte. We will study how the relations that develop through the club with the values of a native culture and with the political project of foment to aviation in Rio Grande do Norte. In addition, we will discuss how the club has gradually been referred to as an elegant and important environment by its partners and local press. To that end, the approaches of the systemic conceptions of culture presented by the Anthropologist Mary Douglas; And of the conceptions about space and a group identity presented by Maurice Halbwachs. Investigate the newspaper The Republic, the newspaper A Cicada and some personal letters, from the period 1900 to 1930, to answer how the club organized "inside." How are the values of natal culture presented internally? What is Aero-Club's relationship with the Juvenal Lamartine aviation development project? Who are the main partners? What image is the club enjoyed in the city?
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CRISTIANO EMERSON DE CARVALHO SOARES
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PEREIRAS E CARVALHOS: UMA HISTÓRIA DA ESPACIALIZAÇÃO DAS RELAÇÕES DE PODER (SERRA TALHADA - PE)
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Líder : DURVAL MUNIZ DE ALBUQUERQUE JUNIOR
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MIEMBROS DE LA BANCA :
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DURVAL MUNIZ DE ALBUQUERQUE JUNIOR
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JOSE FERREIRA JUNIOR
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PAULO PINHEIRO MACHADO
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RENATO AMADO PEIXOTO
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Data: 24-ago-2015
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Resumen Espectáculo
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Do final do século XIX as primeiras três décadas do século XX, o Sertão do médio Pajeú pernambucano e principalmente o município de Serra Talhada (Vila Bela), se transformaram em palco de uma guerra quase que secular entre as famílias Pereira e Carvalho. A ostentação de sangues e brasões em Vila Bela, acabou por contribuir para um processo de espacialização das relações de poder entre uma liderança rural, no caso dos Pereiras, e uma liderança urbana, os Carvalhos. Campo e Cidade se configuraram como territórios de conquista e manutenção de poder. O objetivo deste trabalho é analisar os conceitos teórico-metodológicos de poder e espacialização, além de território como categoria espacial fundamental para compreender o conflito entre as Famílias Pereira e Carvalho no município de Vila Bela, atual Serra Talhada, como um episódio histórico de espacialização das relações de poder no Brasil do início do século XX.
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MARIA SANDRA DA GAMA
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Entre mulheres e fronteiras, um escritor: lugares do feminino na obra de Lima Barreto (1902-1922).
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Líder : DURVAL MUNIZ DE ALBUQUERQUE JUNIOR
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MIEMBROS DE LA BANCA :
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ANTONIO EMILIO MORGA
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DURVAL MUNIZ DE ALBUQUERQUE JUNIOR
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FRANCISCO DAS CHAGAS FERNANDES SANTIAGO JUNIOR
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Data: 25-ago-2015
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Resumen Espectáculo
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O período entre os anos de 1902 a 1922 correspondem à trajetória de Lima Barreto, seja no universo das letras brasileiras, na repartição da Secretaria da Guerra ou ainda em tantos outros espaços onde ele circulou e pôde observar as diversas transformações em curso na cidade do Rio de Janeiro, como as práticas e ações discursivas que instituíam a distribuição de lugares sociais masculinos e femininos, baseada nas convenções de gênero. Nesse contexto se demarcavam, como espaços de atuação para a mulher, os ambientes privados da casa. Enquanto, para os homens, se destinavam os espaços públicos, como as repartições públicas, o parlamento, entre outros. Durante esse período, o escritor produziu crônicas, contos, romances, nos quais apresenta uma variedade de imagens e enunciados em torno do que seria ser mulher. Nessa perspectiva, a investigação proposta no trabalho busca analisar os lugares do “feminino” presente nos escritos do autor. A mulher barretiana é apresentada, nos espaços público e doméstico, como figura submissa, de capacidade intelectual limitada. E, ao mesmo tempo e de forma contraditória, ela é inscrita, quando se apresenta nos espaços públicos, como figura transgressora dos limites dos lugares sociais impostos e capaz de empreender mecanismos de subversão da ordem da dominação masculina sobre ela. Dessa maneira, tais elaborações sobre as mulheres foram examinadas em conexão com a historicidade da vida e da obra do escritor, buscando, assim, acolher também à interpretação dessas cartografiasfemininas e entender as ambiguidades barretianas, nas quais, residia a coexistência de um Lima Barreto delator das mazelas vividas pelas mulheres e, ao mesmo tempo, avesso ao alvorecente movimento feminista, um crítico das certezas uniformizadoras da diversidade das pessoas e, no entanto, muitas vezes, complacente com os discursos científicos e costumes regrados masculinos que desqualificavam a mulher. As fontes estudadas foram correspondências, anotações pessoais, artigos e crônicas e, especialmente, os romances Clara dos Anjos, Numa e a Ninfa, Triste Fim de Policarpo Quaresma e Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá. Para efetivação da pesquisa, as abordagens teóricas se ancoraram nas contribuições de Michel Foucault, Félix Guattari e Suely Rolnik, com as acepções de heterotopia e subjetividade respectivamente, além do aporte teórico-metodológico de Judith Butler, a partir de sua acepção de gênero. Suportes que autorizaram a interpretação da historicidade dos agenciamentos “do feminino”, operados pelo autor, como registros discursivos das experiências vividas por ele ao longo de seu trajeto.
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RENAN VINÍCIUS ALVES RAMALHO
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AS FRONTEIRAS DOS JARDINS DA RAZÃO: O MANGUEBEAT E O ESPAÇO DA REGIONALIDADE NO RECIFE DA DÉCADA DE 1990
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Líder : RENATO AMADO PEIXOTO
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MIEMBROS DE LA BANCA :
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FRANCISCO DAS CHAGAS FERNANDES SANTIAGO JUNIOR
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JOÃO ERNANI FURTADO FILHO
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RENATO AMADO PEIXOTO
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Data: 28-ago-2015
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Resumen Espectáculo
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O Manguebeat foi um movimento cultural de caráter urbano que teve como uma de suas principais expressões a música, marcada pela hibridação de estilos da música pop com a tradição da música local. Em uma cidade central nas discussões em torno da regionalidade nordestina, tais artistas propuseram um deslizamento das formas tradicionais de lidar com arte, questionando as regras do cânone do folclore e da relação entre erudito e popular. Por consequência, outro limite foi posto em causa, a saber, as fronteiras da própria região. Em uma espécie de cosmopolitismo localizado, os mangueboys, como se chamavam os adeptos do movimento, propuseram um conceito que tinha como emblema uma parabólica fincada na lama. Desse modo, do repertório de experiências locais, ampliava-se o olhar para o transnacional, distanciando-se da recusa em “contaminar” a tradição local por elementos exógenos (como colocava, por exemplo, o Movimento Armorial, idealizado por Ariano Suassuna). Paralelamente, ao passo que se rejeitava uma forma engessada de pensar a localidade, a memória tradicional da região, ligada a um passado colonial ibérico, também era posta em xeque. No vácuo dessas representações, recorria-se a imagem do manguezal como a expiração de uma nova identidade para a cidade. Deste modo, Recife era vista como um produto do mangue e de seus rios e deveria, num momento de suposta inanição cultural, recolher dali a inspiração para a necessária renovação. Na análise do movimento, a questão central, que transpassa nosso trabalho, diz respeito ao diálogo dele com as representações espaciais locais de Recife, o que se evidencia no diálogo travado entre o Manguebeat e o Armorial (representante do regionalismo no momento estudado), e se desenvolve em sua relação com o espaço físico da cidade e com o mercado fonográfico brasileiro e internacional, algo que encontramos em matérias de jornais, revistas especializadas, entrevistas dos músicos e nas produções artísticas propriamente ditas. Dentre os aspectos destacados nessa nova forma de representar-se estão a biodiversidade daquele ecossistema (que em termos de cultura se expressa na predileção por diversidade) e a relação orgânica entre o homem e aquele meio, recorrendo a imagem feita pelo romancista Josué de Castro do mangue como produto e produtor do seu habitante. Assim, compreendemos o Manguebeat enquanto um movimento de revisão da identidade tendo por ponto de partida aspectos da contemporaneidade que apontam para uma revisitação dos conteúdos locais a partir de elementos globais, tendo por resultado um produto híbrido.
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ARTHUR CASSIO DE OLIVEIRA VIEIRA
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ENTRE A CRUZ E A ESPADA, A FOICE E O MARTELO: A REPRESENTAÇÃO DO ANTICOMUNISMO NO RIO GRANDE DO NORTE.
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Líder : SEBASTIAO LEAL FERREIRA VARGAS NETTO
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MIEMBROS DE LA BANCA :
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SEBASTIAO LEAL FERREIRA VARGAS NETTO
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HENRIQUE ALONSO DE ALBUQUERQUE RODRIGUES PEREIRA
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ZILDA MÁRCIA GRÍCOLI IOKOI
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Data: 31-ago-2015
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Resumen Espectáculo
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Esta dissertação tem como objetivo investigar a propagação do anticomunismo no Rio Grande do Norte, em um processo iniciado nas primeiras décadas do século XX e que mostra seus reflexos até hoje. Em um primeiro momento, apresentamos essa operação promovida pelo jornal de orientação católica A Ordem. Analisamos publicações dos anos de 1935 a 1945. Nelas observamos a atuação do periódico em uma campanha de resgate dos acontecimentos referentes à chamada “Intentona Comunista”, com o intuito de legitimar o poder de grupos da direita, em especial a Igreja Católica e a Polícia Militar. Os jornais selecionados passaram pela análise do discurso, em perspectivas serial, quantitativa e qualitativa. Depois, buscamos compreender a dinâmica de espacialização deste discurso, com a criação de espaços de evocação e representação da luta contra o comunismo, transformando-se em lugares de memória. Em nossas considerações, tomamos como base o conceito de representação, de Roger Chartier, observando como o comunismo é representado pelo A Ordem e como a categorial espacial é utilizada para reativar a memória anticomunista e representa-la. Avaliamos os interesses atendidos com a instalação desses monumentos e por intermédio da História Oral, a relação das comunidades locais com os mesmos. Dialogamos, ainda, com diversos autores de livros e teses em uma abordagem que reúne elementos de História Cultural, Social e Política a fim de encontrar explicações para a articulação dos discursos e de seus agentes.
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PRISCILLA FREITAS DE FARIAS
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Terra de charneca erma e de saudade: a construção simbólica do Alentejo português na obra de Florbela Espanca
(1916 – 1930).
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Líder : DURVAL MUNIZ DE ALBUQUERQUE JUNIOR
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MIEMBROS DE LA BANCA :
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DURVAL MUNIZ DE ALBUQUERQUE JUNIOR
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FABIO HENRIQUE LOPES
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FRANCISCO DAS CHAGAS FERNANDES SANTIAGO JUNIOR
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Data: 31-ago-2015
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Resumen Espectáculo
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Nesse trabalho, investigamos a construção simbólica de uma dada espacialidade, partindo do pressuposto teórico de que os espaços são construções subjetivas que se dão no interior de diferentes culturas, articulando sentimentos e racionalidades, mas, sobretudo, os espaços são construções humanas conduzidas pelas relações sociais, fruto do investimento material e simbólico que traduz as necessidades de uma determinada sociedade em um dado momento do devir histórico. Nesse sentido, analisaremos a construção simbólica e imagética da região central de Portugal, o Alentejo, a partir da produção literária (1916 – 1930) da poeta portuguesa Florbela D’Alma Conceição Espanca. Propomos analisar a obra florbeliana não só a partir de suas relações internas, mas também externas, enfatizando a ligação entre história, espaço e literatura. Dessa forma, propomos indagar acerca da dimensão simbólica – dos significados, das imagens e das representações – que incitou uma das mais controversas poetas portuguesa do início do século XX à se debruçar na construção poética do espaço alentejano, questionando não só os sentidos agenciados pelo discurso literário de Florbela Espanca para inventar o seu Alentejo, adornado pela memória, pela dor e pela saudade, mas investigar como o meio sociocultural em que viveu influenciou na sua obra, na sua vida e nas formas de sentir e viver o Alentejo. Para melhor compreendermos como a poeta significou a espacialidade alentejana, ao longo desse trabalho problematizaremos três categorias de espaço na obra de Florbela Espanca: a região, o campo e a paisagem. Dessa forma, essa pesquisa se insere no campo da história cultural na medida em que vamos trabalhar com toda a produção literária de Florbela Espanca, cartas, diários, fotos e biográficas e críticas literárias, delimitando um recorte temporal de 1916 – início da atividade intelectual de Florbela Espanca – à 1930 – publicação de Charneca em Flor(póstumo) e o suicídio da poeta. Portanto, num constante exercício simbólico das palavras atravessado pelos sentimentos mais subjetivos do sujeito, a todo o momento nosso trabalho será guiado pelo questionamento do que seria o Alentejo para a poeta, que sentidos e significados atravessou essa espacialidade que marcou tão soberanamente as memórias mais felizes e tristes da vida de Florbela Espanca.
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RAFAELE SABRINA BARBOSA PEREIRA
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Between stars, comets and constellations: perceptions of an organization of mythical space in Renaissance engravings of Albrecht Dürer (1471-1528)
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Líder : FRANCISCO DAS CHAGAS FERNANDES SANTIAGO JUNIOR
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MIEMBROS DE LA BANCA :
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FRANCISCO DAS CHAGAS FERNANDES SANTIAGO JUNIOR
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RENATO AMADO PEIXOTO
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FLAVIA GALLI TATSCH
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Data: 01-sep-2015
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Resumen Espectáculo
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Comets, planets, moons and constellations, were throughout civilizations, represented by painters, architects and sculptors through pictures, celestial maps and zodiacal maps. In Renaissance culture these images were, for instance, in the vaults of the Schifanoia Palace in Ferrara, as well as in several prints by Albrecht Dürer as pointed by Aby Warburg and later, Erwin Panofsky. In this writing, we point out that the pictures, namely, The Syphilitic (1494), Astronomer (1500) and The Woman with Zodiac (1502), Melencolia I (1514) attributed to Dürer could be part of subjects, especially, astrology, recurring in other prints in hisage. In order to develop this idea, we start from the relationship between picture and text present in the listed images, according to the perspective of WJT Mitchell. Thus, we aim to understand how pictures can through their visuality helped the composing of a time when the thought was conceived by certain correspondences between man and the stars, from the idea of mankind as a microcosm. Therefore, to understand this given way to organize life through a corresponding space or through a worldview in which the stars had a specific place, we point to the category mythical space as it is presented in the geographer Yi-Fu Tuan’s perspective.
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RENATA ASSUNÇÃO DA COSTA
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“PORTA DO CÉU”: O PROCESSO DE CRISTIANIZAÇÃO DA FREGUESIA DE NOSSA SENHORA DA APRESENTAÇÃO (1681-1714)
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Líder : CARMEN MARGARIDA OLIVEIRA ALVEAL
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MIEMBROS DE LA BANCA :
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CARMEN MARGARIDA OLIVEIRA ALVEAL
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FATIMA MARTINS LOPES
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JUCIENE RICARTE APOLINÁRIO
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Data: 11-sep-2015
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Resumen Espectáculo
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O intuito deste trabalho foi analisar o processo de cristianização espacial nos diferentes espaços da Freguesia de Nossa Senhora da Apresentação, no período compreendido entre 1681 e 1714. Para isso, o principal fundo documental pesquisado foi o livro de registro de batismo da freguesia em questão, sendo o recorte da pesquisa pautado pelos dados encontrados. Assim, os espaços da freguesia foram pensados com base em dois conceitos fundamentais, o de cristianização dos espaços (e das almas), baseado obra de Cláudia Damasceno, que trabalhou com a noção de circunscrição eclesiástica, mas reelaborado para o caso da Freguesia de Nossa Senhora da Apresentação, e o conceito de experimentação espacial, de Yi-Fu Tuan. Cristianizar os espaços representa o processo de transformação da lógica espacial, encontrada previamente pelos portugueses, por meio da inserção da lógica eclesiástica, fosse pela construção de prédios, fosse pela iniciação das pessoas ao catolicismo. A experimentação, por sua vez, seria feita pelos moradores das localidades estudadas, bem como pelos próprios religiosos, transformando esses espaços, em lugares, na medida em que conferiam novos significados aos locais. Percebeu-se, portanto, que a Freguesia de Nossa Senhora da Apresentação contava com, pelo menos, três espaços distintos, o da Cidade do Natal, o dos aldeamentos e o espaço de atuação das Missões Populares, sendo esses diversos espaços o foco deste trabalho.
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VICTOR GABRIEL CAMPÊLO ASSUNÇÃO
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Líder : MARGARIDA MARIA DIAS DE OLIVEIRA
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MIEMBROS DE LA BANCA :
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MARGARIDA MARIA DIAS DE OLIVEIRA
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HELDER DO NASCIMENTO VIANA
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LUCIANO CANDEIA
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Data: 11-sep-2015
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Resumen Espectáculo
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ABSTRACT The objective of this research is to analyze the construction of the Humberto Alencar Castelo Branco Stadium (renamed as João Machado Stadium in 1989) as a project to insert the State into sports. To do so, we analyze the narrative produced by the sports press in two newspapers: Tribuna do Norte and A República, between 1960 and 1972. Therefore, our work will try to understand how the sports press acted in the constitution of the sports field in the city of Natal, in the 1960s decade and what was its role in the process of popularizing the sport. How did the press build, out of a series of narratives, the need to construct a new stadium. We will discuss also how the building of the Lagoa Nova stadium throughout the 1960s decade was used as a way of political legitimation and how the memory of its construction was disputed by different political groups in the State.
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PAULO RIKARDO PEREIRA FONSECA DA CUNHA
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OMBRO A OMBRO COM OS MAIS FRACOS: a inserção de João Café Filho nos espaços do trabalhador na cidade do Natal (1922-1937)
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Líder : RAIMUNDO NONATO ARAUJO DA ROCHA
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MIEMBROS DE LA BANCA :
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RAIMUNDO NONATO ARAUJO DA ROCHA
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HELDER DO NASCIMENTO VIANA
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ANGELA MARIA DE CASTRO GOMES
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Data: 24-sep-2015
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Resumen Espectáculo
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O objetivo da dissertação é analisar como em diferentes espaços de sociabilidade João Café Filho constituiu um discurso de defensor dos trabalhadores e do movimento operário. Pretende-se compreender, por um lado, como foram estabelecidas relações políticas entre diferentes categorias de trabalhadores e as “classes médias” e, por outro, como foram instituídos espaços para abrigar o encontro dessas relações. Almeja-se compreender a inserção de Café Filho nas atividades sindicais no mundo urbano. Demonstra-se especificidades da cultura política em Natal, enfatizando-se a disputa entre uma cidade regida politicamente por mentalidade rural paternalista ainda reinante e o surgimento de uma nova forma de vivenciar os conflitos urbanos que se apresentavam. Temporalmente o trabalho está delimitado entre 1921 (ano proclamado pelo próprio Café Filho como o período inicial da sua ação política) a 1937 (ano em que Café Filho rompeu com Vargas e exilou-se na Argentina). Três tipos documentais se constituíram como fontes principais para a investigação: vários jornais publicados, entre as décadas de 1920 e 1930, nas cidades de Natal, Recife, São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro; as memórias autobiográficas escritas pelo próprio Café Filho e memórias de outras pessoas que viveram no tempo dele. Os principais esteios que deram sustentação ao trabalho foram: os conceitos de sociedade e indivíduos (Norbert Elias), de culturas políticas (Serge Berstein) e de teatro da memória (Angela de Castro Gomes); a categoria espaços de sociabilidade (Michel Certeau, Maria Teresa Malatian e Jean Pierre Riox); a noção de biografia (François Dosse e Sabina Loriga).
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PATRÍCIA DE OLIVEIRA DIAS
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ONDE FICA O SERTÃO ROMPEM-SE AS ÁGUAS: PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO DA RIBEIRA DO APODI-MOSSORÓ (1676-1725)
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Líder : CARMEN MARGARIDA OLIVEIRA ALVEAL
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MIEMBROS DE LA BANCA :
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CARMEN MARGARIDA OLIVEIRA ALVEAL
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FATIMA MARTINS LOPES
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HELDER ALEXANDRE MEDEIROS DE MACEDO
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TANYA MARIA PIRES BRANDÃO
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Data: 25-sep-2015
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Resumen Espectáculo
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O processo de territorialização portuguesa da capitania do Rio Grande foi iniciado em 1598, com a conquista da barra do Rio Potengi por Mascarenhas Homem. Tal processo perdurou até 1633, quando foi interrompido pela chegada dos holandeses, sendo retomado somente em 1654. A partir deste ano, incentivou-se a ocupação de terras desconhecidas da capitania, subsidiando o avanço de conquistadores rumo às terras mais ao interior, rompendo os limites divisórios com a capitania do Siará Grande até então conhecido: a ribeira do Assú. Este avanço resultou em enfretamentos com os habitantes destas terras, os conhecidos tapuias, levando à eclosão de diversos conflitos que compuseram a Guerra dos Bárbaros. O palco principal de tais acontecimentos no Rio Grande, entre os anos de 1687 e 1720, foi justamente a ribeira do Assú, um dos espaços a ser problematizado por esta pesquisa. Considerando-se isso, este trabalho tem por objetivo analisar o avanço dos conquistadores no Rio Grande, contribuindo para o processo de territorialização portuguesa, que resultou no surgimento de uma nova fronteira entre o Rio Grande e o Siará Grande: o rio Apodi-Mossoró. Para tanto, realizou-se o cruzamento de fontes produzidas entre os anos de 1659 e 1725, como as cartas de sesmarias, cartas régias, correspondências entre a Câmara de Natal, os capitães-mores do Rio Grande e o governo de Pernambuco e governo geral, bem como os documentos referentes aos terços de paulistas que atuaram na capitania.
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TYEGO FRANKLIM DA SILVA
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A RIBEIRA DA DISCÓRDIA: TERRAS, HOMENS E RELAÇÕES DE PODER NA TERRITORIALIZAÇÃO DO ASSU COLONIAL (1680-1720)
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Líder : CARMEN MARGARIDA OLIVEIRA ALVEAL
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MIEMBROS DE LA BANCA :
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CARMEN MARGARIDA OLIVEIRA ALVEAL
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FATIMA MARTINS LOPES
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HELDER ALEXANDRE MEDEIROS DE MACEDO
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TANYA MARIA PIRES BRANDÃO
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Data: 25-sep-2015
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Resumen Espectáculo
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O processo de interiorização da posse portuguesa nas Capitanias do Norte – após a expulsão dos holandeses e com o desenvolvimento das atividades ligadas à criação de gado no sertão – expandiu o território português na América. Este processo teve como consequência o avanço da conquista portuguesa na região e os conflitos envolvendo os agentes da colonização e os grupos indígenas que habitavam aquele espaço, bem como os conflitos de interesses dos principais grupos sociais da capitania e pelas políticas de defesa da posse lusa do território. Dentre os rios que cortavam o território da capitania do Rio Grande, o Açu foi um dos que despertou interesse entre os conquistadores e colonizadores dos sertões, fazendo daquela espacialidade uma área onde interesses e exercícios de poder convergiam e geravam discórdias. A presente pesquisa tem como temática a análise do processo de territorialização do sertão do Assu a partir da ação de desbravadores, conquistadores e colonizadores do espaço em questão, ao longo do evento conhecido como Guerra dos Bárbaros no Assu, conflito que garantiu a integração da área ao território e aos anseios da Coroa portuguesa. Assim, tomar-se-á como objetos de estudo os fenômenos sociais que caracterizaram a ribeira do Assu – na virada do século XVII para o XVIII, em um recorte que se estende de 1680 a 1720 – como um espaço de conflitos de interesses, perceptíveis para análise a partir de documentos de época, tais como registros de concessões de sesmarias, correspondências entre autoridades coloniais e reinóis, documentos oriundos do exercício da administração da América portuguesa e legislação.
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KHALIL JOBIM
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Do ancoradouro à sala de espera: as obras de melhoramento do porto e a construção de uma Natal moderna (1893-1913)
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Líder : RAIMUNDO PEREIRA ALENCAR ARRAIS
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MIEMBROS DE LA BANCA :
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RAIMUNDO PEREIRA ALENCAR ARRAIS
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HELDER DO NASCIMENTO VIANA
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GEORGE ALEXANDRE FERREIRA DANTAS
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FERNANDO DINIZ MOREIRA
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Data: 05-oct-2015
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Resumen Espectáculo
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Durante o século XIX foi constante no discurso dos administradores locais norte-rio-grandenses o pedido de verba ao Poder Central para as obras de melhoramento do Porto de Natal. O Porto da Capital, principal via de comunicação do Rio Grande do Norte, vinha, devido às limitações que o acompanhavam como as dunas que cercavam a cidade, espalhando areia no leito do rio, além disso, os vários recifes situados ao longo do litoral, não permitia a entrada em seu ancoradouro de navios de maior porte. Essas dificuldades trouxeram grandes problemas à província, que não conseguia realizar o escoamento da produção oriunda do interior, ocasionando, no cenário político norte-rio-grandense, o questionamento da posição de centralidade de Natal na província. Somente no Regime Republicano fora aprovado o crédito pelo Governo Federal para as obras de melhoramento do porto. O porto então se tornou no discurso político Republicano Potiguar uma das principais promessas para trazer o “progresso” às terras potiguares, sendo colocado como uma questão central da qual dependeria o “futuro” do Estado. Desta maneira, o objetivo deste trabalho é analisar o surgimento de uma nova noção de Porto nos discursos e intervenções dos grupos dirigentes locais no começo do século XX. Buscamos analisar a emergência de uma noção moderna de Porto, marcada pelo esforço de organização, racionalização, regulamentação das atividades portuárias pelo Estado e a nova relação assumida pelo porto frente à cidade decorrente dessa nova percepção. O Porto se tornou para os grupos dirigentes locais a “sala de espera” da capital, sendo necessário alterar parte da composição do espaço urbano para integrar o Porto à cidade. O Porto de Natal passou a ser dotado de uma função pedagógica, incorporando no tecido urbano, códigos, valores e práticas consideradas pelos administradores locais como modernas e civilizadas. Esse novo espaço da cidade, considerado sua “sala de espera”, provocou conflitos entre os grupos dirigentes locais e figuras influentes no campo político Potiguar, que almejavam se favorecer com o processo de organização do porto, frente às figuras consideradas indesejáveis na cidade, vistas como um empecilho à imagem de progresso e modernidade que os grupos dominantes pretendiam expor pelo Porto.
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JOÃO FERNANDO BARRETO DE BRITO
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COLÔNIA AGRÍCOLA SINIMBÚ: ENTRE A REGULARIDADE DO ESPAÇO PROJETADO E OS VIOLENTOS CONFRONTOS DO ESPAÇO VIVIDO (RIO GRANDE DO NORTE, SÉC. XIX)
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Líder : JULIANA TEIXEIRA SOUZA
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MIEMBROS DE LA BANCA :
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JULIANA TEIXEIRA SOUZA
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CARMEN MARGARIDA OLIVEIRA ALVEAL
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PAULO CRUZ TERRA
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Data: 05-oct-2015
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Resumen Espectáculo
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No ano de 1878, na província do Rio Grande do Norte, entre Ceará-Mirim e Extremoz, foi fundada a Colônia Agrícola de Sinimbú. Neste lugar chegaram a reunir-se cerca de 6.600 homens e mulheres pobres livres, fugindo da terrível seca de 1877, mas também motivados pela promessa de acesso aos gêneros de primeira necessidade, moradia e cuidados médicos, mediante trabalho, como defendiam os representantes do poder local e central. No entanto, não foi isso que os retirantes efetivamente encontraram, já que as condições dentro do estabelecimento agrícola chamavam atenção pela penúria e violência, conforme denúncia apresentada nos relatórios presidenciais daquela época. Este trabalho tem o objetivo de analisar os conflitos ocorridos na Colônia Sinimbú, procurando enfatizar as tensões e interesses dos representantes das elites locais e do governo central, relacionados à construção e posterior fechamento desse espaço, num contexto marcado pelos debates acerca do controle do trabalhador pobre livre. Assim, procuraremos demonstrar que, se por um lado, foram criados espaços institucionalizados que visavam submeter o nacional livre a uma lógica de trabalho pautada na disciplina do corpo, no controle do tempo e no ordenamento do espaço, por outro não se pode desconsiderar as diferentes formas de resistência impostas pelos homens e mulheres pobres livres, submetidos ao processo de reordenamento do mundo do trabalho.
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CAMILA ALVES DUARTE
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“DO ALTO DA COLINA” – A PROVÍNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE, O COMÉRCIO, OS RIOS POTENGI E JUNDIAÍ E O COMPLEXO COMERCIAL DO GUARAPES
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Líder : HELDER DO NASCIMENTO VIANA
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MIEMBROS DE LA BANCA :
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FRANCISCO REGIS LOPES RAMOS
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HELDER DO NASCIMENTO VIANA
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JULIANA TEIXEIRA SOUZA
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ROBERTO AIRON SILVA
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Data: 23-oct-2015
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Resumen Espectáculo
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O complexo comercial do Guarapes foi durante a segunda metade do século XIX a maior praça comercial da Província do Rio Grande do Norte. Nesse recorte temporal, é possível ver seu florescimento como um dos lugares centrais do comércio na Província, e seu posterior abandono. Esta dissertação tem como objetivo investigar, na sua primeira parte, os caminhos que auxiliam a entender, como o contexto da expansão dos mercados mundiais na segunda metade do século XIX possibilitaram as condições para o surgimento do complexo comercial. No entanto, as relações comerciais estabelecidas nesta Província, por intermédio do complexo comercial, mesmo participando dessa conjuntura de escala global, reservou características particulares em suas relações sociais e comerciais, pois, se tratando de uma Província periférica, atentamos para as singularidades das relações ocorridas nesse espaço. Na segunda parte, procuramos entender a importância que os rios Potengi e Jundiaí tiveram para a instalação do complexo comercial do Guarapes na segunda metade do século XIX. Como a posição geográfica em relação aos rios, possibilitou que esse espaço se tornasse zona de fluxo e confluência de mercadorias distribuídas para as diversas partes do interior da Província. Também acompanhamos o processo que fez esses rios saírem do protagonismo das relações de locomoção e transporte nesse espaço, cedendo lugar as linhas férreas e as estradas de rodagem. Na terceira parte, procuramos entender o complexo comercial do Guarapes em foco. Analisando sua distribuição espacial na paisagem, e como essa organização espacial guardava ao mesmo tempo traços do patriarcalismo brasileiro expostos por Gilberto Freyre, mas também, características “modernas”, devido ao incremento de uma nova cultura material inserida na Província. Também procuramos compreender elementos dessa cultura material que constituía o ambiente do complexo, e como essas fontes materiais são importantes para o entendimento dessa sociedade em estudo. Tratamos desde os maiores fragmentos aos menores, sem hierarquizá-los. Entendendo que, o estudo associado das fontes escritas e materiais propiciam um ganho no entendimento dos cotidianos dessas pessoas que viveram nesse espaço do complexo na segunda metade do século XIX.
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