O MOVIMENTO ANTIPROIBICIONISTA EM NATAL: HISTÓRIAS, ATUAÇÕES E ESPAÇOS
Palavras-chave: Movimentos Sociais; Coletivos; Drogas
RESUMO Surge no início do século XXI, no setor II da UFRN, um coletivo antiproibicionista organizando as marchas da maconha (desde 2010) e ciclos de debate no âmbito acadêmico. Este trabalho busca entender a historicidade do movimento social antiproibicionista no Rio Grande do Norte que está, a partir de 2010, profundamente ligado à história do Coletivo Antiproibicionista de Estudantes e Demais Frequentadores - Cannabisativa - e suas respectivas conexões, processos, produções, concepções, imagens e memórias que constituem as espacialidades e as temporalidades contemporâneas multiculturais. A questão das drogas é um dos temas centrais da realidade social dos nossos tempos. Problematizar o conhecimento sobre as “drogas” é o objetivo desta pesquisa, levantando questionamentos de importância social, utilizando procedimentos ligados à história oral e à análise crítica documental. Estão associados à discussão das “drogas” as temáticas das desigualdades sociais, da criminalização do pobre e do negro, das políticas públicas ineficazes, das leis ineficientes. Esta dissertação discorre sobre o “apagamento” de uma cultura e de uma história (cannábica) que volta à tona no século XXI, na resistência dos corpos e nas práticas materiais e imagéticas da sociedade, seja por meio dos usos proibidos, seja pela discussão da legalização, seja pelas imagens e sentidos atribuídos às lutas antiproibicionistas nos últimos anos.