Trabalho. Terceirização. Precarização. Banco do Brasil S.A. Paraíba.
Esta Dissertação analisa a terceirização em agências do Banco do Brasil S.A., no Estado da Paraíba. A questão central da pesquisa é saber em que medida esta flexibilização das relações de trabalho incorpora itens reivindicados pela ‘recente’ Agenda do Trabalho Decente da Organização Internacional do Trabalho (OIT) ou se, ao contrário, a “epidemia” de terceirização torna ainda mais desafiante o mundo do trabalho no terceiro milênio. A hipótese da pesquisa é que o Banco do Brasil apresenta uma crescente subcontratação/terceirização de mão-de-obra (de empresas e de indivíduos) e isto não apenas contribui para a precarização das condições de trabalho, mas também se contrapõe à Agenda do Trabalho Decente. Visando comprovar ou não a hipótese, o estudo contempla uma pesquisa secundária e de campo. A revisão bibliográfica centra-se na tendência à precarização do trabalho no capitalismo, e ainda, num esforço de sistematização de dados e análises sobre o tema ‘terceirização’ a partir da visão de diferentes autores. Esta fundamentação teórica está ancorada em importantes fontes clássicas e em atuais que tratam o tema no mundo e no Brasil. A pesquisa de campo foi realizada junto a autores relacionados ao tema ‘terceirização’ no Banco do Brasil - Paraíba, precisamente os gerentes das agências, funcionários efetivos do banco, representantes sindicais (dos trabalhadores bancários), sindicato dos bancários e os terceirizados. Os resultados confirmam, parcialmente, a hipótese do estudo, ao demonstrar que são diversos os sentidos e as formas de precarização a que os terceirizados pesquisados estão submetidos, com destaque para a questão salarial, o ambiente de trabalho, a representação sindical e a saúde do trabalhador. Todos estes temas, cada um por si, são contemplados pela Agenda do Trabalho Decente da OIT e se mostram, segundo a pesquisa de campo, bastante fragilizados.