Banca de DEFESA: ANA LILIANE DOS SANTOS ARAUJO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA LILIANE DOS SANTOS ARAUJO
DATA : 11/07/2024
HORA: 14:30
LOCAL: Video Conferência pelo Google Meet
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS OCASIONADOS PELO USO E OCUPAÇÃO HUMANA SOBRE OS SERVIÇOS ECOSSITÊMICOS NO ENTORNO DO RESERVATÓRIO MINISTRO JOÃO ALVES


PALAVRAS-CHAVES:

Serviços ecossistêmicos; reservatórios; semiárido; DPSIR; impactos ambientais; uso e ocupação.


PÁGINAS: 75
RESUMO:

Ao relacionar-se com a natureza o ser humano gera impactos ambientais significativos, principalmente aos serviços que são ofertados pelos ecossistemas e que são de grande importância para o equilíbrio ambiental e a qualidade de vida de todas as populações. O uso dos serviços ecossistêmicos, assim como a ocupação humana nas margens dos reservatórios ocorrem há muito tempo em razão da praticidade para atender às suas necessidades. Mas, atividades econômicas desenvolvidas na área também provocam impactos, podendo atingir de forma direta a qualidade dos recursos hídricos, como também a biodiversidade e a estética do local prejudicando a qualidade de vida e a saúde. Esses impactos podem ser na maioria das vezes irreversíveis, caso medidas mitigadoras não sejam tomadas a tempo de recuperar as áreas prejudicadas. Com isso, essa pesquisa tem como área delimitada para o desenvolvimento de seu estudo o reservatório Ministro João Alves, popularmente conhecido como Boqueirão do município de Parelhas/RN. Este tem grande importância para o Seridó pois possui a maior capacidade de armazenamento de água da região abastecendo além de Parelhas outros municípios, e também, em teoria é uma Unidade de Conservação. O objetivo desse trabalho é identificar, quais os serviços ecossistêmicos prestados pelo açude Ministro João Alves, e como eles estão sendo impactados. Além disso, avaliar os impactos ambientais que ocorrem na área de estudo e entorno através do uso e ocupação humana, e então propor ações mitigadoras para esses problemas. Para isso, os procedimentos metodológicos foram: levantamento bibliográfico; listagem de controle em campo; classificação dos serviços através da CICES (v. 5.1); aplicação do método DPSIR para avaliar os impactos; identificação das áreas sem vegetação densa na margem do reservatório, identificação e quantificação da tipologia de construções e potenciais finalidades, quantificação e mapeamento das estradas próximas ao reservatório. Os resultados revelam a ocorrência de novos serviços (mesmo que apenas em determinados períodos do ano), e, além disso, identificou-se os impactos que esses serviços sofrem, sendo eles a poluição dos corpos hídricos, o desmatamento e o comprometimento no abastecimento humano e animal os mais visíveis. Além disso, há a degradação do solo e possivelmente um comprometimento da qualidade da água, que, como consequência, ocasiona a baixa densidade vegetacional. Os índices NDVI e SAVI, indicam que a área de entorno do açude possui uma vegetação considerada de densidade baixa a moderada. Através do NDWI, constatou-se a redução no espelho d’água do açude. No que concerne ao quantitativo das ocupações no entorno do reservatório, estão distribuídas em cerca de 44 edificações dentro da área de 100m criada para a designação da zona de amortecimento. Impactos como solo exposto, assoreamento, risco de contaminação e aumento do estado trófico da água também foram identificados nessas áreas de ocupação. Para mitigar esses danos é importante que haja adoção de políticas públicas voltadas para a convivência com o semiárido, juntamente com uma gestão integrada aplicada ao reservatório. É válido ressaltar também a necessidade de fiscalizações, monitoramentos da qualidade da água e projetos que visem a manutenção e restauração da área de estudo e estorno. A elaboração de um plano de manejo para a construção de uma Zona de Amortecimento com sua devida legislação, impedindo assim a degradação, também é relevante. Assim, conclui-se que o reservatório sofre impactos em diferentes níveis e escalas, desencadeando sérios problemas ambientais a curto prazo.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2966354 - DIOGENES FELIX DA SILVA COSTA
Interna - 1298966 - RAQUEL FRANCO DE SOUZA
Externo à Instituição - ILTON ARAUJO SOARES - IDEMA
Notícia cadastrada em: 05/07/2024 18:24
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