MAPEANDO A SAÚDE: A UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA, O RISCO AMBIENTAL E O CÂNCER
Saúde Única, Contaminação, Radônio Interior, Câncer, SIG
Considerando que a saúde humana está ligada às condições ambientais, sociais e econômicas, todas as alterações ocorridas no meio ambiente podem afetar as populações e seus padrões de saúde e doença. Desta forma, as rápidas alterações que estão ocorrendo no planeta, a industrialização acelerada, a utilização dos recursos naturais, a destruição da biodiversidade e dos ecossistemas e a ocupação sem controle da terra, acabam aumentando a pressão sobre as espécies e contribuindo para o surgimento e o reaparecimento de doenças. O termo “saúde única” reforça o conceito de que a saúde humana depende também da saúde dos animais, plantas e do ecossistema onde estão inseridos. A exposição de longo prazo a fatores e ambientes nocivos aumenta o risco de desenvolver patologias agudas ou crônicas, assim como o câncer. O estado do Rio Grande do Norte possui uma característica ambiental deletéria, causada pela contaminação do solo por elementos radioativos como o Urânio, o Tório e Potássio, cujos isótopos radioativos e seus produtos de decaimento podem servir de fontes de contaminação ambiental. Estudos anteriores demonstraram a presença do Radônio, que faz parte da cadeia de decaimento do Urânio em diversos municípios do estado. Este estudo teve como objetivo, através de um Sistema de Informação Geográfica determinar se as ocorrências de óbitos por câncer no estado seguem um padrão geográfico e apresentam a formação de agregados associados às regiões sabidamente contaminadas por Radônio.