Banca de DEFESA: AMANDA VIANA DE SOUSA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: AMANDA VIANA DE SOUSA
DATA: 24/10/2011
HORA: 15:00
LOCAL: AUDITORIO D - CCHLA
TÍTULO:

VIDA SEM-PORQUÊ EM MESTRE ECKHART: DESPRENDIMENTO E COTIDIANO


PALAVRAS-CHAVES:

Desprendimento. Deus. Homem. Cotidiano. Vida Sem-Porquê.


PÁGINAS: 144
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
SUBÁREA: Metafísica
RESUMO:

Esta dissertação de mestrado apresenta um estudo sobre a concepção de vida entendida como sem-porquê a partir das obras espirituais de Mestre Eckhart, mais precisamente, os Sermões Alemães (Deutsche Predigten), O livro da divina consolação (Das Buch der götlichen Trostung), Do homem nobre (Von dem edlen Menschen), Palestras de instrução ou conversações espirituais (Die Reden der Unterweisung) e Do desprendimento (Von Abgeschiedenheit). Seguindo o pressuposto do desprendimento, procura-se compreender e explicitar a concepção de vida sem-porquê como a irrupção que des-vela Deus e homem. Assim, descreve-se primeiramente uma reflexão do que é o desprendimento de acordo com três dimensões: ôntica, ontológica e mística. A onticidade da pobreza absoluta nos remete imediatamente a uma análise do ontológico de todo ôntico, que para Eckhart é o ser de Deus em sua deidade, inapreensível para o homem. Entretanto, a análise do ser de Deus nos leva para a vida humana novamente - a unidade entre o ontológico e o ôntico no mundo. A dimensão mística fundamenta essa unidade como totalmente sem-porquê. Mas a possibilidade de falar e pensar sobre o desprendimento se faz a partir da manifestação da vida mesma. Não existe sermão definitivo, método milagroso, caminho percorrido ou estratégia eficaz para tal fim – é na realização da vida que se é capaz de perceber o ressoar da auto-revelação divina que nos escapa. Para elucidar essa manifestação e compreender o significado de vida como sem-porquê, esta dissertação analisa quatro perspectivas dessa injunção: a arché e o telos da vida, o tempo sob o viés do nun, o verbum e o ego sum qui sum como o que justifica a vida sem-porquê e a insistência no cotidiano mundano entendida como transcendência. É difícil expressar a profundidade do pensamento eckhartiano em relação à sua concepção de vida, pois todo seu esforço é resguardar o vigor desse des-velamento do enclausuramento de uma determinação. Não obstante, é daí que ele abre um novo horizonte para o sentido de vida. Com isso, não existe rotina e determinação em Mestre Eckhart. Todo o ordinário é o espelho do extraordinário e todo clamor eckhartiano tem em vista a urgência de restabelecer a unidade do que é corriqueiro pelo viés do que é essencial: a vida nossa de cada dia como sem-porquê.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - EDRISI DE ARAUJO FERNANDES - UFRN
Externo à Instituição - ENIO PAULO GIACHINI - CENTRO UNIVERSITARIO FRANCISCANO - NENHUMA
Presidente - 1149452 - OSCAR FEDERICO BAUCHWITZ
Notícia cadastrada em: 14/10/2011 10:22
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