Banca de QUALIFICAÇÃO: VINICIUS ALVES BASTOS MEDEIROS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : VINICIUS ALVES BASTOS MEDEIROS
DATA : 20/09/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 227 CCHLA e Google Meet
TÍTULO:

CORPO E INTENCIONALIDADE: ANÁLISE DA CRÍTICA DE RENAUD BARBARAS À FENOMENOLOGIA DE MERLEAU-PONTY

PALAVRAS-CHAVES:

Renaud Barbaras; Fenomenologia; Encarnação; Corpo Próprio; Crítica

PÁGINAS: 52
RESUMO:

Na Fenomenologia da Percepção (1945), principal obra de sua primeira fase teórica, Maurice Merleau-Ponty (1908-1961) assume a experiência corporal como ponto de partida para resgatar o mundo sensível dos prejuízos que as “filosofias da consciência” o relegaram. Por conseguinte, quando admite as limitações do método fenomenológico, o filósofo redireciona seu projeto fenomenológico à empreitada ontológica e reposiciona a centralidade da sua obra à noção de “carne”. A partir desse panorama, o francês Renaud Barbaras (1955-atual), na sua interpretação pioneira da obra merleau-pontiana, identifica uma ruptura entre fenomenologia e ontologia, na qual o conceito de “carne” estabelecido nesta última é decisivo para sustentar sua perspectiva. Nessa direção, a envergadura do argumento de Barbaras consiste em observar que a centralização teórica da encarnação na teoria de Merleau-Ponty não foi capaz de superar a sombra da consciência do seu escopo fenomenológico e, assim, ele permaneceu reprodutor do modelo das “filosofias da consciência”. Na contramão dessa abordagem, privilegiando as leituras brasileiras da filosofia de Merleau-Ponty, nosso trabalho consiste em oferecer uma análise da crítica de Barbaras ao fenomenólogo francês a fim de apontar nela notáveis insuficiências. Para realizar tal tarefa, será necessário esmiuçar os pressupostos ontológicos que aparecem junto à descrição da experiência do “corpo próprio” na Fenomenologia da Percepção, uma vez que desabrocham o sentido encarnado do qual é estruturada a noção de “carne” na ontologia madura do autor. Através disso, esta pesquisa poderá verificar porque o sentido encarnado do “corpo próprio” demarca um aspecto inobservado pela crítica barbarasiana que é indispensável para justificar a atualidade do pensamento de Merleau-Ponty.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1397100 - PAULO EDUARDO BODZIAK JUNIOR
Externa à Instituição - ELOISA BENVENUTTI DE ANDRADE
Externa à Instituição - SILVANA DE SOUZA RAMOS - USP